terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ibama concede licença para mais uma hidrelétrica na Amazônia

Luana Lourenço*

Brasília - Em meio à expectativa pela licença ambiental para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu hoje (8) autorização para outro empreendimento na Amazônia, a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio do Jari, no Rio Jari, na divisa entre o Pará e o Amapá.

A usina terá potência instalada de 300 megawatts, bem menor que Belo Monte ou as hidrelétricas do Rio Madeira (RO), mas ainda assim o suficiente para abastecer uma cidade de 1,5 milhão de habitantes. No entanto, a energia de Santo Antônio do Jari deverá beneficiar principalmente indústrias de celulose instaladas na região.

A usina será construída pela ECE Participações – principal acionista, com 90% – e pela Jari Energética, empresa do grupo Orsa, proprietária do projeto Jari Celulose.

A licença prévia, primeira etapa do licenciamento ambiental, foi assinada pelo presidente do instituto, Roberto Messias Franco, e prevê 25 condicionantes a serem cumpridas antes do início das obras. O Estudo de Impacto Ambiental da hidrelétrica prevê o alagamento de 31,7 quilômetros quadrados para formação do lago da usina, área relativamente pequena.

Já a licença de Belo Monte continua em análise pelos técnicos do Ibama e deve sair em janeiro.
Na última terça-feira (1º), o diretor de licenciamento do instituto, Sebastião Custódio Pires, deixou o cargo e foi substituído por Pedro Bignelli. A área de licenciamento têm sido alvo de pressões da área econômica do governo, principalmente com relação aos casos de empreendimentos energéticos.

*Fonte: Agência Brasil
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1 Comentários

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Unknown disse...

Ao ver a notícia passando rápidamente na Record News, quis vir aqui confirmar. A Cachoeira de Santo Antônio, na qual fui uma única vez, ficou marcada muito mais do que nas fotos que tiramos, no sentimento de grandeza, no sentimento de que há alguem muito maior do que nós nesse universo, sentimento esse que só a natureza nos passa. Por anos torcemos que eles não conseguissem destruí-la. Não adiantou a nossa torcida. É uma pena. Mais um paraiso destruido pelo "progresso"
Maria Moura - Uberlândia, MG