sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Poema de Ano Novo

O companheiro Eduardo Camilo, o Azul Marinho com Pequi, publicou hoje este poema que reproduzo na íntegra:

Desde as primeiras horas deste dia cai uma chuva torrencial,chove sem parar como se a natureza estive querendo se lavar dos malefícios e pecados cometidos pelo homem neste ano de 2009.


Chove lágrimas por Conpenhague, pela amazônia desmatada, pelo Terra legal e a regularização da grilagem.

Lágrimas pelo aquecimento do globo e pelas guerras do Afeganistão e do Iraque,Pelo povo Hondurenho tolhido de seu direito de se auto determinar,

Chove lágrimas por um dos anos mais violentos no campo brasileiro, pela inércia na reforma agrária,

Por sarneys e collors terem cada vez mais influência num governo que foi eleito para ser dos trabalhadores.

Águas são derramadas para exorcizar o pecado da fome que atinge 1 bilhão de pessoas no mundo,

Pelas milhares de pessoas mortas em nome da liberdade e da autodefesa imperialista.

Lágrimas de raiva por Cuba sitiada a quase cinco décadas e pelos cinco heróis presos por defender a vida de milhões de compatriotas.

Lágrimas por Belo Monte, para que nada nem ninguém consiga represar as correntezas do Xingu, pra que ela continue Livre!

Águas turvas do Amazonas, águas de cheiro das baianas, águas barrentas do São Francisco e as poluídas do Tietê e como não lembrar do rio de minha cidade o quase morto Juqueriquerê!

Chove chuva, chove sem parar, derrama natureza suas lágrimas por um mundo a agonizar.

Chove chuva no primeiro dia do ano, limpando as escadarias da igreja do Bom Fim para que todos possamos ter um novo início.

Um novo ano de Paz, de vida, de comunhão com a natureza e com toda a humanidade.

Comentários
1 Comentários

1 comentários:

CAMILO TERRA disse...

valeu camarada obrigado pela divulgação!