O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15a. região, de Campinas, deferiu, na manhã desta sexta-feira, uma liminar pedida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à CONLUTAS, e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu que suspende as 4.200 demissões realizadas na Embraer na semana passada.
Na ação, as entidades sindicais argumentam que a Embraer ignorou os sindicatos e não estabeleceu nenhum tipo de negociação antes de oficializar a demissão em massa.
Também foi usado como argumento o fato da Embraer ser uma empresa com alto índice de lucratividade e que não precisaria lançar mão das demissões para enfrentar eventuais crises financeiras.
Além disso, a empresa teria usado de má-fe na conduta empresarial ao fornecer informações contraditórias momentos antes do anúncio das demissões.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CONLUTAS, tentou, durante meses, negociar com a Embraer medidas que garantissem os empregos dos trabalhadores. Desde o ano passado, a entidade sindical estava atenta aos vários rumores de demissões em massa que existiam na empresa.
No dia 18 de fevereiro, quinta-feira, o Sindicato enviou uma carta à direção da Embraer pedindo o agendamento de reunião para tratar da ameaça de demissões. Esta carta foi apenas mais uma dentre as várias enviadas pela entidade sindical nos últimos meses.
Acontece hoje (dia 27), a partir das 15h, um grande ato na porta da Embraer, em São José dos Campos, que vai reunir representantes das principais Centrais Sindicais do país. A manifestação em frente à empresa acontece mesmo com a decisão do TRT de suspensão das demissões. Um dos objetivos será anunciar a decisão judicial.
Além da CONLUTAS, já estão confirmadas as presenças da Força Sindical, CTB, Nova Central Sindical e Intersindical. A direção nacional da CUT também foi convidada, mas ainda não confirmou presença.
Com informações da Conlutas.
Leia ainda: Em reunião com Embraer, Lula não pede reintegração dos demitidos
A quem deve lealdade o presidente da CUT?
Assinar:
Postar comentários (Atom)