sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

França vive greves na educação e rebeliões em ilhas do Caribe


Universidades francesas em greve


As universidades francesas estão agitadas com uma greve de professores que protestam contra uma reforma do estatuto dos professores-investigadores e da formação dos docentes do primário e secundário.

Uma coordenação nacional que reúne os principais sindicatos do ensino universitário organizou uma greve e dois dias de manifestações, a 05 e 10 de Fevereiro.

A primeira organização estudantil, Unef, apelou a "todos os estudantes" para apoiarem a mobilização, após assembleias-gerais que juntaram cerca de 20.000 estudantes.

Um pouco por todo o país, os professores pararam as aulas, recusaram fazer parte de júris e dar notas ou simplesmente usam uma braçadeira com as palavras "em greve".

O projeto de modificação do estatuto dos 57.000 professores-investigadores deve concretizar a transferência para as universidades da gestão das carreiras do pessoal, prevista numa lei de autonomia das universidades de 2007. Os contestatários consideram que assim o estatuto corre o risco de perder o carácter nacional. Temem particularmente a arbitrariedade dos presidentes das faculdades e a imposição de horas de ensino suplementares.

As mobilizações são também desdobramentos da jornada de luta de 29 de janeiro (na qual 2 milhões e meio de pessoas saíram às ruas em todo o país), organizando uma greve geral por tempo indeterminado contra o governo de Sarkozy (foto acima).

Rebeliões em Guadalupe e Martinica

Guadalupe e Martinica são duas ilhas caribenhas, cada uma com pouco mais de 400 mil habitantes, ambas colônias francesas.

Desde o dia 20 de janeiro último, Guadalupe vem sendo sacudida por uma greve geral que paralisou a ilha. Os trabalhadores e o povo protestam contra a carestia e as consequências da crise. Uma manifestação chegou a reunir 100.000 pessoas nas ruas (quase 25% da população).

Em 5 de fevereiro, o povo trabalhador da ilha de Martinica seguiu o exemplo de Guadalupe, e iniciou também uma greve geral. Manifestações chegaram a reunir 25 mil pessoas.

As autoridades francesas responderam ao levante nas colônias antilhanas com repressão: aumentaram o contingente de policiais anti-distúrbios, e um sindicalista foi morto em Guadalupe.

Fonte: Molotov e Andes-SN
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