Em setembro de 1982, mais de 500 mil israelenses saíram às ruas para protestar contra o massacre de palestinos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila no Líbano.
Naquela ocasião, as tropas de Israel cercaram e iluminaram os campos para que nenhum palestino conseguisse escapar.
Em janeiro de 2009, apenas 800 israelenses saíram às ruas para protestar contra o genocídio de palestinos em Gaza.
Em 1982 vários generais israelenses acabaram no banco dos réus, inclusive Ariel Sharon.
Em 2009 quem acabou no banco dos réus e preso não foram os criminosos, mas as almas generosas que protestaram contra o massacre.
Muitos continuam presos sem julgamento, fato corriqueiro quando se trata dos mais de 10 mil prisioneiros palestinos, inclusive mulheres e crianças.
Que padecem nos cárceres israelenses, em sua maioria incomunicáveis.
Enquanto era com os palestinos tudo bem, eles eram os outros.
Esse silêncio cúmplice acabou fortalecendo o monstro com face humana, como dizem os libaneses.
Agora são os israelenses que estão sendo presos. Raríssimos é verdade.
É o caso de Ran Tzoref,23 anos, estudante de Ciências Políticas da Universidade de Beer Sheva.
E da pedagoga Leah Shakdiel, 57 anos, professora de judaísmo.
Ambos continuam presos porque protestaram pacificamente contra o genocídio.Tzoref está indignado: "Israel afirma ser a única democracia do Oriente Médio, que democracia é esta se não temos mais nem a liberdade de realizar uma simples manifestação”?
Não menos indignada está a professora Leah: " Devemos lembrar que na Faixa de Gaza vivem um milhão e meio de seres humanos, em péssimas condições, em uma área muito pequena e ninguém se importa com eles".
A Associação pelos Direitos Civis em Israel está cuidando da defesa dos dois.
Menos mal quando se fica sabendo que nem todos em Israel perderam sua humanidade.
Apesar das pesquisas indicarem que mais de 80% dos israelenses apoiaram o genocídio.
Fonte: Bourdoukan
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