Criado como espaço da sociedade civil e dos movimentos sociais, a 8ª edição do FSM passou a contar com muitos espaços de governo, em especial do PT do Brasil.
O Secretário Nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannucci compareceu ao debate sobre permanência do trabalho escravo e aproveitou para responsabilizar o ministro da agricultura, Ronald Stephanes. Para o Secretário o ministro da agricultura é “conivente” com a manutenção do trabalho escravo ao incentivar o avanço da fronteira agrícola na Amazônia.
Já o Ministro do Meio Ambiene Carlos Minc “trouxe ao debate os avanços da política ambiental no Brasil”. Fez palestra numa sala pequena e restrita, ouviu reclamações do Greenpeace contra o abandono das Reservas Extrativistas (Resex) e marcou sua presença ao ser fotografado em posição nada confortável: numa “moitinha” quando urinava ao ar-livre.
Passou ainda pelo Fórum o ministro da Justiça, Tarso Genro. Sua comitiva de carros chegou a ficar no meio da “Marcha da Maconha”, no penúltimo dia de Fórum.
O PT promoveu de forma paralela debates como “A mulher na política” com a presença da governadora Ana Júlia e da presidenciável recauchutada Dilma Rousseff .
A Democracia Socialista – tendência interna do PT – promoveu uma reunião do seu “Núcleo Agrário e Florestal” com a presença do Ministro do Desenvolvimento Agrário Guilherme Cassel. Não foi confirmada na programação a presença de madeireiros ou “setor florestal”, como eles gostam de ser chamados, apesar da proximidade “ideológica” entre os dois setores.
No balanço geral, a petezada festiva deve ter concluído que um novo passeio é possível.
Foto: Diário do Pará