O que está sendo tratado como um "crime comum" é na verdade "mais um" conflito fundiário que se arrasta há pelo menos 5 anos.No dia 29 de março, o trabalhador Euglas Pereira Soares, 25 anos, foi assassinato com um tiro de cartucheira disparado por indivíduos ainda não identificados pela Polícia. A trabalhadora Júlia Lima de Sousa, que também foi atingida com um tiro na cabeça, não resistiu aos ferimentos provocados pelos projéteis e faleceu no Pronto Socorro Municipal de Santarém (PSM).
Segundo o jornal "O Impacto", os crimes teriam relação com a grilagem de terras e extração e transporte ilegal de madeira que são intensas na região.
A Gleba Pacoval e adjacências é palco de conflitos desde o ano de 2001. Grupos ligados à grilagem de terras, madeireiras e sojicultores vem dominando a região e impondo clima de terror às comunidades locais, com expulsão de moradores e ameaças de morte e até com práticas assistencialistas para cooptação de comunitários.Desde então, denúncias de todo o tipo tem surgido, como a operação FAROESTE. (Veja ainda Ecologia - Greenpeace protesta contra desmatamento na região de ... e Assentamentos de Papel, Madeira de Lei).
