O eterno “horário de verão” a que estão submetidos os moradores do Acre, oeste do Pará e sudoeste do Amazonas deve durar até o infinito. A Presidência da República vetou o projeto de lei que restaurava o antigo fuso destas regiões, alterado em 2008.
Na ocasião, o oeste paraense que tinha uma hora a menos que Brasília ficou no mesmo fuso horário que a capital federal e de Belém. O Acre e uma pequena parte do Amazonas, que tinham duas horas a menos, também perdeu uma hora. Por meio de um Decreto Presidencial, estas regiões ganharam uma hora a mais em relação ao horário anterior.
Pelo projeto de lei aprovado no Congresso neste ano, os moradores da região deveriam atrasar os relógios em uma hora, ou seja, ficando duas horas atrás do horário de Brasília. A proposta seguia o resultado do referendo realizado no Acre em outubro de 2010, quando quase 60% dos eleitores foram a favor da mudança. No caso do Amazonas e do Pará, não houve consultas.
O veto foi assinado na terça-feira (20) pelo vice-presidente da República, Michel Temer, que exercia a função de presidente em exercício na ausência de Dilma Rousseff, que estava no Uruguai. Apesar de a maioria da população local ter sido favorável à adotar o fuso horário antigo, o vice-presidente vetou integralmente o projeto, sob o argumento de que nele não era bom para o país.
Segundo muitos analistas, a medida beneficia principalmente grandes meios de comunicação televisiva,que uniformizam a programação de acordo com a faixa etária.
ATUALIZAÇÃO (23/12/2011):
ATUALIZAÇÃO (23/12/2011):
Diante da repercussão do veto, a
presidente Dilma Rousseff resolveu enviar ao Congresso um projeto de lei
com regime de urgência para que a hora antiga do Acre e de parte do Amazonas
seja restabelecida. No Oeste do Pará, a situação não seria revista.