Na
semana passada o programa Globo Repórter abordou, superficialmente, os
possíveis impactos das 34 hidrelétricas previstas para a bacia do rio Tapajós e
seus afluentes.
Com
ênfase na questão biológica, especialmente a fauna, poucos habitantes foram vistos
ou falaram na reportagem.
Nos
vídeos abaixo, moradores de Montanha e Mangabal falam do temor e da rejeição do
ao complexo hidrelétrico, especialmente da UH de São Luiz do Tapajós, que
inundaria a maior parte deste território e inviabilizaria a existência deste
grupo.
Testemunho de Pedro Siqueira dos Anjos morador de Mangabal
Testemunho de Dona Laosminda, moradora de Mangabal
Em
tempo, Montanha Mangabal fica no município de Itaituba, ao sul do Parque
Nacional da Amazônia, numa faixa de terras entre a rodovia Transamazônica e a
margem esquerda do rio Tapajós. A ocupação da região remonta o processo de
territorialização de seringueiros, ainda no século XIX.
Após
conquistarem o direito de permanecer em seu território em 2006, depois de quase
serem expulsas pela empresa Indussolo, que se dizia proprietária da área, as
famílias agora podem ser expropriadas pelo complexo hidrelétrico. A criação de
uma Reserva Extrativista (Resex) na área foi paralisada pela então ministra da
Casa Civil, Dilma Rousseff.