Rafael Bitencourt*
O
presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, disse nesta
quarta-feira (07 de dezembro) que as populações dos municípios próximos ao local onde é
construída a hidrelétrica
de Belo Monte, no rio Xingu (PA), "ganharam um bilhete premido na loteria".
A declaração
do presidente da EPE foi dada ao se referir ao montante de R$ 3,5 bilhões que
os empreendedores terão que investir em ações socioambientais.
Segundo
Tolmasquim, as exigências feitas às empresas envolvidas no projeto da
hidrelétrica preveem
restruturação completa dos serviços de saúde, educação e segurança da região.
Os valores das compensações socioambientais, segundo ele, correspondem a “sete
vezes o orçamento do Pará inteiro”. “Nem em 100 anos eles teriam isso”, disse.
Tolmasquim
ressaltou que o “grande dilema” do Brasil no setor elétrico é conseguir
aumentar o aproveitamento
do potencial de geração de energia a partir dos rios que, na maior parte, estão localizados
no bioma amazônico de forma sustentável. “Não temos o direito de abdicarmos
destes recursos”,
afirmou no seminário Sustentabilidade Energética no Século XXI.
Fonte: Valor (fotografia não incluída na matéria original)