terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Dossiê revela violações a direitos a partir dos Megaeventos esportivos no Brasil


O clipe que propagandeia a Copa do Mundo de 2014, que será no Brasil, mostra uma mesa de reuniões de um escritório em Nova York. Um grito de gol ecoa de um lugar longinquo e um americano engravatado diz (em inglês): “Você ouviu isso?”.
O vídeo segue mostrando as nossas belezas naturais como as lindas praias do Rio de Janeiro e as cataratas de Foz de Iguaçu. O locutor termina: “O Brasil está te chamando. Celebre a vida aqui”.
Aqui no Brasil, porém, o clamor das ruas parece mais protesto do que comemoração. Apaixonados por futebol, os torcedores dizem ter sua cidadania ameaçada por acordos de gabinete e seus direitos roubados pelas exigências da FIFA e pelas obras faraônicas que rasgam as cidades.
É o que se lê no dossiê “Mega-eventos e violações de Direitos Humanos no Brasil”, preparado pela Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa e das Olimpíadas, e lançado nesta segunda-feira (12) de forma simultânea pela Pública e em atos de Comitês Populares por todo o país.
O lançamento do documento acontece pouco depois da Articulação lançar um site próprio (http://www.portalpopulardacopa.org) que deve acompanhar a situação dos torcedores na contagem dos dias para a Copa do Mundo.
Tanto o site quanto o relatório foram produzidos conjuntamente por comitês populares, que são agremiações de organizações sociais e pessoas que serão atingidas pelas obras em Belo Horizonte, Brasilia, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Além de denúncias de violações de direitos, o documento traz um quadro completo de acompanhamento das obras para a Copa do Mundo, incluindo custos previstos, valores licitados e como está o andamento até o momento.
Com informações da Agência Pública
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