O clipe que propagandeia a Copa do Mundo de 2014, que será no
Brasil, mostra uma mesa de reuniões de um escritório em Nova York. Um grito de
gol ecoa de um lugar longinquo e um americano engravatado diz (em inglês):
“Você ouviu isso?”.
O vídeo segue mostrando
as nossas belezas naturais como as lindas praias do Rio de Janeiro e as
cataratas de Foz de Iguaçu. O locutor termina: “O Brasil está te chamando.
Celebre a vida aqui”.
Aqui no Brasil, porém, o clamor das ruas parece mais protesto do
que comemoração. Apaixonados por futebol, os torcedores dizem ter sua cidadania
ameaçada por acordos de gabinete e seus direitos roubados pelas exigências da
FIFA e pelas obras faraônicas que rasgam as cidades.
É o que se lê no dossiê “Mega-eventos e violações
de Direitos Humanos no Brasil”, preparado pela Articulação
Nacional dos Comitês Populares da Copa e das Olimpíadas, e lançado nesta
segunda-feira (12) de forma simultânea pela Pública e em atos de Comitês Populares por
todo o país.
O lançamento do documento acontece pouco depois da Articulação
lançar um site próprio (http://www.portalpopulardacopa.org)
que deve acompanhar a situação dos torcedores na contagem dos dias para a Copa
do Mundo.
Tanto o site quanto o relatório foram produzidos conjuntamente
por comitês populares, que são agremiações de organizações sociais e pessoas
que serão atingidas pelas obras em Belo Horizonte, Brasilia, Cuiabá, Curitiba,
Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São
Paulo.
Além de denúncias de violações de direitos, o documento traz um
quadro completo de acompanhamento das obras para a Copa do Mundo, incluindo
custos previstos, valores licitados e como está o andamento até o momento.
Com
informações da Agência Pública