Corre
em tom de perplexidade e indignação a notícia de que o governo federal não vai
mais apoiar os programas de construção de cisternas para abastecimento de água
para famílias pobres do meio rural no semi-árido nordestino, puxado por
centenas de entidades assistenciais, ONGs e movimentos sociais do Nordeste que
se organizam por meio da ASA (Articulação pelo Semi-Árido).
O programa de
construção de cisternas (P1MC) prevê a
implantação de 1 milhão de cisternas para famílias de baixa renda no semi-árido
foi inicialmente tocado pelas entidades. Já o programa P1+2 (Uma Terra e duas
Águas) prevê, além da construção de cisternas para abastecimento humano, o
desenvolvimento de áreas produtivas, a partir do acúmulo de água para esta
função.
Além da não
liberação de um aditivo de aproximadamente 8 milhões pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Palácio do Planalto já teria dado o
recado que não irá mais realizar nenhum convênio com as entidades que tocam
estes programas.
A falta de
recursos não parece ser o motivo para a decisão política. Em recente matéria, o
jornal Correio Braziliense demonstrou que apenas R$ 1 milhão dos R$ 205,6
milhões liberados para cinco ações do Plano “Brasil sem Miséria” do governo
Dilma — 0,5% do total — foram efetivamente gastos até agora.