O relatório tem como base os problemas observados em três localidades do Pólo Santarém, onde se concentra maior parte da produção de soja do Estado: o município de Prainha, a área da Gleba Nova Olinda, que compreende três aldeias indígenas, e a área do Planalto, região onde a monocultura do grão teve o maior impacto social.
Uma das constatações do estudo é de que o baixo preço da terra e a garantia de comprador para o grão - pontencializada pela construção do porto graneleiro, da transnacional Cargill, em Santarém - foram suficientes para a chegada de centenas de pessoas vindas do Sul do País, geralmente com passagem por Mato Grosso, que se aventuraram com a soja na região.
Uma corrida por terras que causou muitos conflitos sociais e tornou comum relatos de casas queimadas, expulsões de famílias, ameaças de morte, intimidações às lideranças, grilagem de terras, supressão de florestas que também se tornaram manchetes dentro e fora do Brasil.A Pastoral constata também a superficialidade com que o assunto vem sendo tratado por grandes ONGs instaladas na região.
Até o momento, a maior parte da discussão foi conduzida por um viés puramente ambientalista deixando em segundo plano os conflitos sociais. Papel que coube somente aos movimentos sociais.
Pra saber mais, leia na íntegra o relatório Impactos Sociais da Soja no Pará
Fontes: CPT e MST