quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Desgraça I: Belo Monte


Governadora quer mais rapidez na construção da usina de Belo Monte

A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, declarou que quer agilizar o processo de construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, para solucionar problemas no abastecimento de energia no Estado e no Brasil. “Não abrimos mão de ter essa hidrelétrica”, afirmou ela, durante cerimônia no Centro Integrado de Governo (CIG), ontem, 24, em Belém.

A manifestação da governadora em favor da construção de Belo Monte aconteceu no ato de assinatura do protocolo de intenções com a Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A), que garante a construção da segunda usina termoelétrica no município de Barcarena, região do Tocantins.

A usina terá capacidade para gerar 600 megawatts de energia elétrica, a mesma potência da termoelétrica que a empresa Vale pretende construir no município.

Sobre Belo Monte, no entanto, Ana Júlia Carepa disse que o projeto de construção da hidrelétrica, defendido por ela, inclui um plano de desenvolvimento sustentável para a região.
“O povo do Pará precisa de Belo Monte”, ressaltou a governadora, ao frisar que o projeto tem de beneficiar também as comunidades que ainda não têm luz elétrica no Pará.

Além de Belo Monte, outro projeto defendido pelo Governo do Pará é o que visa construir uma plataforma de cinco usinas no rio Tapajós, com capacidade para gerar 10.680 megawatts. O investimento estimado na obra é de R$ 31 bilhões.

A plataforma de usinas do Tapajós beneficiará, primeiramente, o município de Itaituba, na região do Tapajós, e depois todo o estado, sendo possível ainda exportar energia elétrica para outras unidades da Federação. “Temos pressa”, disse o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro.

O diretor-presidente da Eletronorte, Jorge Nassar Palmeira, informou que o estudo de impacto ambiental do projeto das usinas já está pronto e foi entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O próximo passo é a elaboração do estudo de viabilidade econômica. Depois, cabe ao Ministério de Minas e Energia abrir licitação.

O estudo de viabilidade pode demorar mais de ano, mas o governo trabalha para que o processo de licitação da obra seja acelerado.

Fonte: Agência Pará em 25 de setembro de 2008.
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