domingo, 21 de setembro de 2008

Eu e a bola de fogo

Sábado, 13 de setembro. Estava indo para Álter-do-Chão. Estava, não. Estávamos. Um barco motor alugado em conjunto por vários servidores do Incra levemente alcoolizados que saiu de Santarém ao meio dia (apesar de marcado para sair as oito horas da manhã) rumo ao Sairé.

Antes da história principal, explico que o Sairé é uma festa estilo boi de Parintins, onde ao invés de bois os botos tucuxi e cor-de-rosa disputam com danças e sedução quem é o melhor.

Após a atrasada saída, a adiantada cerveja e algumas paradas estratégicas nas deslumbrantes praias fluviais do rio Tapajós, chegamos ao final da tarde na Ponta do Cururu, entrada da enseada de Álter-do-Chão.

Após mais alguma cervejas, carnes, nadadas e mergulhos, uma parte do grupo levemente alcoolizado subiu até o teto do barco, onde uma cambaleante churrasqueira teimava em soltar as últimas cinzas do dia.

Foi então que o Segundo, que é um servidor do Incra, fez o seguinte comentário: - Olha que coisa impressionante, de um lado o sol se pondo e do outro a lua nascendo. Antes que eu pensasse: - O que há de impressionante nisto! -, o impressionante apareceu.

Uma grande bola de fogo cruzou o céu do Tapajós, em pleno fim de tarde. Soltava pedaços da área incandescente central e mudava de cor à medida que se deslocava. Cruzou o rio e passou paralelamente sumindo após 15 ou 20 segundos.

Era uma bola grande sim. Ninguém ouviu baralho nenhum, mas o som e o álcool podem ter sido condições impeditivas. Mesmo assim, todos estavam impressionados.

Fato é que já tinha visto muitas estrelas cadentes, mas nunca uma de dia, tão grande e tão perto.

Dois dias depois a bola de fogo apareceu no jornal, avistada também por índios e comunitários. Pelo jeito, só o radar do Lula para a Amazônia não viu!

P.S.: A foto acima é do por-do-sol é no mesmo local (Ponta do Cururú), no retorno para Santarém no dia seguinte.
Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Anônimo disse...

O q será q foi servido neste barco?
pois o alcool simples e puro jamais provocaria tal delírio coletivo!