terça-feira, 30 de junho de 2009

Frases

"A radicalização que estamos vivendo hoje, com ambientalistas e opinião pública de um lado e ruralistas com voto no Congresso de outro, não é boa para a Amazônia, nem para o meio ambiente e nem para o Brasil. O Brasil precisa mudar e aperfeiçoar sua legislação ambiental.Mas isso não pode ocorrer transformando os produtores e produtos da Amazônia em vilão, muito menos à custa do atraso", do Senador Tião Viana (PT-AC), em artigo que defende a MP 458, elogia Lula por pautar a "regularização fundiária" e se põe do lado dos "produtores".

Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Prof. Édi Benini disse...

Eu digo que só tenho a lamentar tá posicionamento a favor da MP458.

As críticas, e eu diria alertas, não vem apenas dos supostamente "ambientalistas puritanos" que querem deixar intocada a floresta, há questões de maior envergadura.

Primeiro, ninguém é contra o trabalhador rural e os povos originários da amazônica, o problema é contra uma lógica centrada no acumulação pela acumulação, crescimento econômico baseado em inúmeras externalidades negativas de destruição acelerada de mercadorias...

De fato a ambição sobre a floresta ou sobre a região norte é imensa, mas há que separar pois há a ambição imediatista - explorar madeira, criar gado, retirar recursos minerais - para o lucro e riqueza de uns poucos e a de longo prazo, riqueza em biodiversidade, funções ecológicas como o regime de chuvas, clima, território, conhecimentos, etc...

O que nos causa grande temor é observar, sem ingenuidade, as inúmeras brechas e artificios criados para se avançar as grandes propriedades ou o grande latifundiário, que em geral apenas busca explorar ainda mais o trabalhador e o natureza, de forma inconsequente sobre os efeitos no longo prazo.

Se optarmos pelo mesmo desenvolvimento do centro do capitalismo, sem nenhuma inovação social, econômica ou mesmo tecnológica, e simplesmente entregar parcelas singificativas do território nas mãos de poucas pessoas ou de privados interesses, abre-se inclusive um perigoso precedente de invação bélica, ou será que o séc. XX não nos ensinou nada?

Se houvesse mesmo compromisso e seriedade com o futuro da região norte, chave para o nosso futuro enquanto civilização, antes da necessária regularização fundiária, deveria-se proceder com planejamento territorial profundo, com ampla participação dos atores sociais, universidades, movimentos, e pactuando as diferentes finalidades e funções a ser promovida na região norte, desde a exploração agro-florestal, agricultura familiar, unidades de conservação, até centros de pesquisa e inovação tecnológica avançados... depois ainda é necessário haver órgãos e instituição públicas com capacidade para assegurar o pactuado, ou seja, carreiras, profissionais qualificados, controle democrático, capacidade de ação, condições de trabalho... além do mais, vale lembrar ainda que o INCRA tinha por missão e instrumentos jurídicos para tal regularização, então porque não se capacitou e contratou servidores para garantir ao legítimo trabalhador rural seus direitos?

Lamento dizer, mas como cidadão, temo um futuro sombrio para a região norte, com a intesificação de conflitos, ambições e destruição... cada fala ou decisão hoje, certamente terá enormes implicações amanhã!

Prof. Édi Augusto Benini
Mestre em Administração Pública e especialista em Agricultura Familiar e Extensão Rural - Palmas - TO

Anônimo disse...

Isso chama Partaide amazonico.
De um lado os biodesagradáveis
e do outro os nelore-man