Como divulguei aqui no blog na postagem MPF abre processos contra cadeia do desmatamento houve por parte do Ministério Público Federal uma recomendação para grandes redes de supermercados e frigoríficos não comprarem carne bovina de áreas de desmatamento ilegal.
Segundo o próprio MPF do Pará, tudo foi feito com base em um rastreamento de cadeias produtivas realizado em parceria com o Ibama, que iniciou duas dezenas de processos judiciais contra fazendas e frigoríficos, pedindo o pagamento de R$ 2,1 bilhões em indenizações pelos danos ambientais. Ainda segundo o MPF, cerca de 70 empresas que compraram os subprodutos dos frigoríficos receberam, por enquanto, notificações, em que são informadas oficialmente da compra de insumos obtidos com desmatamento ilegal na Amazônia. A partir da notificação, devem parar a aquisição desse tipo de produto, ou passarão à condição de co-responsáveis pelos danos ambientais.
Trata-se de uma medida que visa punir quem desmata ilegalmente a floresta e se utiliza de terras griladas para a produção de carne. Ao recomendar que as grandes redes de supermercado não comprem carnes nesta situação (e só nesta situação), o MPF nada mais está exigindo do que o cumprimento da lei.
Um relatório recente do Greenpeace já provava como as conexões de consumo de carne e couro no Brasil e o no exterior, geravam pressão sobre a floresta (vê sobre o assunto na postagem Governo Lula promove “farra do boi” na Amazônia, diz Greenpeace )
Mas não é o que pensa o governo petista no Pará.
Segundo divulga a imprensa local, com a justificativa de "evitar um colapso econômico dos municípios que sobrevivem da cadeia produtiva da pecuária, o governo estadual vai propor ao Ministério Público Federal para que seja suspensa por 60 dias a recomendação de não comprar carne da indústria paraense." Ou seja, o governo do Pará quer que os supermercados, mesmo sabendo que a carne que compram está vindo de áreas ilegais, continuem comprando essa carne com certeza da impunidade.
Mas não para por aí: "o prazo é necessário até que seja elaborado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para que as empresas se adequem ao que diz a legislação ambiental.", diz a imprensa do governo. Ou seja, são 60 dias para se criar um mecanismos que só prorrogará o prazo de quem produz carne barata a custos ambientais altíssimos, em terras de domínio no mínimo duvidoso e com uso de trabalhadores superexplorados para não dizer escravizados.
"A recomendação do MPF desestimula a aquisição de carne da maioria dos frigoríficos paraenses. Esta medida tem impactos profundos e precisamos agir de forma rápida. A nossa intenção é mediar uma solução junto ao MPF no sentido de proteger a nossa economia. Este prazo sugerido é apenas para que seja elaborado um TAC, na qual o estado se dispõe a aparecer como signatário da proposta", afirmou o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), Maurilio Monteiro, ressaltando que as ilegalidades ambientais podem e devem ser combatidas.
O casa já adquiriu notícia nacional, conforme está na matéria de O Globo: Ana Júlia diz que o MP está 'perseguindo' o Pará
Veja mais algumas barbaridades da governadora Ana Júlia:
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Ana Júlia mostra a que veio... (Governo do Pará promove policiais que participaram do Massacre de Carajás)