Uma caravana de paladinos deputados e senadores do Pará foram ontem até o MPF em Belém pedir que o órgão retire as recomendações enviadas a frigoríficos e grandes redes de supermercados sobre a compra de carne bovina oriunda de áreas desmatadas ilegalmente no Pará.
Para os parlamentares, deve-se evitar uma “crise na produção de alimentos” e “respeitar, sim, o meio ambiente, mas também o direito de quem quer produzir”. Após alguns falatórios, os paladinos também tiveram que ouvir:
Durante o encontro, o procurador Ubiratan Cazetta relatou que, até agora, a proposta para Termo de Ajuste de Conduta feita pelo MPF não recebeu contra-proposta, nem dos frigoríficos, nem do governo estadual. “Se nós tivermos a capacidade de construir esse acordo, o Pará pode ser o primeiro da Amazônia a exportar bois para a Europa. Mas gordura precisa ser queimada para trazer a pecuária paraense para esse cenário”, explicou.
“Não somos inimigos do Estado, nem hipócritas, estamos cumprindo nossa obrigação constitucional e atuando como a sociedade exige”, afirmou, ao responder às propostas dos parlamentares, o procurador José Augusto Potiguar.
“Os produtores paraenses precisam parar de achar que a área de reserva legal de uma fazenda é improdutiva. Pelo contrário, as fazendas podem ser mais produtivas, e com mais diversidade de produção, com a floresta em pé”, disse Felício Pontes Jr.
Os “moleques-de-recado” dos pecuaristas saíram da reunião com o compromisso de repassar o debate para o setor. Os presentes eram o senador Fernando Flexa Ribeiro (PSDB) e os deputados federais Bel Mesquita (PMDB), Zenaldo Coutinho (PSDB), Wandenkolk Gonçalves (PSDB), Zé Geraldo (PT) e Asdrúbal Bentes (PMDB).
Assinar:
Postar comentários (Atom)