quarta-feira, 10 de junho de 2009

Ruralistas irados


Depois da divulgação do relatório do Greenpeace de como as cadeias produtivas da pecuária bovina incentivam o desmatamento na Amazônia, a divulgação da lista dos parlamentares “Inimigos da Amazônia” e de parlamentares petistas e Ongs jogarem todo o ônus da MP 458 para os ruralistas, o setor parece que escolheu um inimigo para bater: o Greenpeace.

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional de Agricultura, e o economista Roberto Gianetti da Fonseca, diretor de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), anunciaram no último dia 05, durante evento doPSDB Nacional realizada em Foz do Iguaçu, no Paraná, que vão processar a organização não governamental por calúnia e difamação. "Não vamos mais tolerar que esta ONG minta sobre o que o setor produtivo está fazendo no Brasil", afirmou a senadora. Já Segundo Gianetti disse que "é um absurdo o setor produtivo nacional continuar sendo objeto das críticas e mentiras do Greenpeace e nada fazer".

Outro indignado é o Deputado Homero Pereira (PR-MT) que se pronunciou acerca do “mérito” do prêmio “Inimigo da Amazônia”. Homero, que já presidiu a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Groso (Famato) foi apontado na escolha do prêmio pela sua destacada luta contra os povos indígenas, sendo autor de vários propostas de decretos legislativos que tentam anular o reconhecimento de territórios em seu estado.

“Se este prêmio tivesse sido dado pelos produtores rurais ou quem mora em Mato Grosso eu ficaria preocupado, mas foi por uma Ong, Greenpeace, da Holanda, país que tem um dos maiores índices de poluição do mundo, principalmente do subsolo, que não tem autoridade moral nenhuma para falar sobre quem é vilão ou quem é devastador da Amazônia”.

O Deputado declara ainda que tudo é uma “jogada comercial” e “sob este aspecto, eu me sinto até orgulhoso de receber este títulos porque estou defendendo aqueles que moram em Mato Grosso e Amazônia. Nós queremos expandir a área agricultável de forma sustentável em harmonia com o meio ambiente e respeitado a legislação”, complementou.

Leia ainda: Kátia Abreu: 'Quanto maior a terra, maior o preconceito' (entrevista de Kátia Abreu n’O Globo).
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