quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sem acordo, greve no Maracanã continua; trabalhadores fazem nova assembleia na sexta


Os trabalhadores da obra de reforma do estádio do Maracanã decidiram no início da tarde desta quinta-feira que vão continuar de braços cruzados até que o consórcio de empreiteiras que toca a obra atenda às reivindicações da categoria, como aumento no valor da cesta básica e instituição do adiantamento quinzenal do salário. Os trabalhadores estão em greve desde a manhã de quarta, quando a explosão de um tonel com produtos inflamáveis feriu o ajudante de produção Carlos Felipe da Silva Pereira. O operário foi atirado a dois metros de distância e sofreu queimaduras e um traumatismo no joelho. Ele passa bem.
Em reunião ocorrida nesta manhã, trabalhadores e patrões concordaram em apenas um ponto: o consórcio passará a oferecer plano de saúde a partir de setembro. Não houve acordo, porém, em relação aos outros itens da pauta de reivindicações dos operários. Uma nova rodada de negociações, marcada para as 17h desta quinta, tentará solucionar o impasse.
"Não voltaremos ao trabalho até que haja um acordo. Não abrimos mão do aumento da cesta básica (de R$ 100 para R$ 300) e do adiantamento quinzenal. Se não avançarmos nesses pontos, votaremos amanhã (sexta-feira) de manhã a continuidade da greve", avisa Nilson Duarte Costa, presidente do SITRAICP (Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias da Construção Pesada do Rio de Janeiro).
O consórcio responsável pela obra, formado pelas empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Delta, se reúne nesta tarde para decidir o que poderão oferecer aos trabalhadores do Maracanã na reunião das 17h. As empresas não comentaram especificamente as reivindicações, mas afirmam que estão abertas ao diálogo.
O acidente com o ajudante de produção Carlos Felipe da Silva Pereira ocorreu às 8h30 da última quarta-feira. Um latão metálico explodiu e projetou o operário por dois metros. De acordo com a assessoria do consórcio, Carlos Felipe teve queimaduras pelo corpo e fratura no joelho. Ele foi operado no hospital Souza Aguiar e passa bem. Após o acidente, os funcionários foram liberados e as obras paralisadas.
Fonte: Uol
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