terça-feira, 23 de agosto de 2011

MST bloqueia entrada do Ministério da Fazenda


Dentro das atividades da Jornada Nacional de Lutas promovidas pela Via Campesina, pelo menos 4.000 camponeses trancaram o Ministério da Fazenda nesta manhã em Brasília, impedindo assim o funcionamento do prédio.

Segundo a Via Campesina, o objetivo da ocupação é retomar as negociações de uma série de reivindicações relativas à dívidas dos pequenos agricultores, o contingenciamento do orçamento do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e os cortes previstos para 2012.

Ontem, cerca de 400 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocuparam uma das fazendas da empresa Cutrale no município de Borebi (308 km de São Paulo).  A área foi comprada pela União ainda nos anos vinte do século passado e posteriormente grilada.  Há notícias de ocupações de fazendas também em Pernambuco e no Pará, de sedes do Incra em Mato Grosso do Sul, do Dnocs no Ceará e da Chesf e da Eletrobras em Alagoas, de um acampamento em Mato Grosso e de uma marcha no Tocantins.

A Via Campesina é uma articulação internacional de movimentos sociais camponeses. No Brasil, é integrado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pescadores e Pescadoras, Quilombolas, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), além do Sindicato dos Trabalhadores da EMBRAPA (Sinpaf), da Federação dos Estudantes de Agronomia e da Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal. 

A articulação participa nesta quarta-feira de uma grande Manifestação em Brasília convocada pelo espaço de unidade que inclui CSP-Conlutas, Anel, Andes, SINASEFE, Intersindical, Assibge-SN, FENASP, MTST, MTL entre outros. O ato sairá às 9h da manhã do estádio Mane Garrrincha, em direção à Esplanada dos Ministérios. São esperados pelo menos 20 mil pessoas entre camponeses, petroleiros, professores universitários, trabalhadores dos Correios, servidores públicos federais, mineradores, bancários, rodoviários, estudantes, além de integrantes de outros movimentos populares. 
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