quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Professores das Universidades Federais aprovam indicativo de greve e outros setores também vão à luta


Os representantes do Setor as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do ANDES-SN aprovaram, por unanimidade, indicativo de greve nacional. A decisão foi tomada no sábado (13/8), na reunião do Setor, que contou com a participação de 38 docentes, de 27 seções sindicais. Durante a última semana, os professores das Ifes realizaram assembleias nas universidades para avaliar a proposta apresentada pelo governo no dia 9/8, que compreende a incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas) ao vencimento básico (VB) e a disposição de tratar a correção das distorções no enquadramento dos docentes, eventualmente ocorridas no momento da criação da classe de professor associado. 

O Setor indicou ainda nova rodada de assembléias gerais das seções sindicais, de 17 a 19 de agosto, tendo como pontos de pauta a avaliação do resultado da mesa de negociações agendada com Ministério do Planejamento para 15/8 e o debate a respeito da data para o início da greve nacional da categoria. Uma nova reunião do Setor das Ifes está convocada para o dia 20/8, na sede do ANDES-SN.

Outras lutas.
A Fasubra realizou na última semana um acampamento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde reuniu mais de 1300 TAE de todo o país. Os trabalhadores fizeram uma série de atos em frente ao Ministério da Educação (MEC) e do Planejamento (MP) para tentar sensibilizar o governo a retomar as discussões em torno da pauta de reivindicações da Fasubra. Dirigentes da entidade e membros do CNG foram recebidos pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, que reafirmou seu papel de mediador e se comprometeu a conversar com Miriam Belchior, do MP, no sentido de tentar reabrir as negociações entre a Fasubra e o governo, interrompidas desde o início da paralisação em 6 de junho. 
No caso dos institutos federais de ensino, escolas federais e militares, a página do SINASEFE informa que em pelo menos 40 unidades e 136 campi estão em greve.
No período de 17 a 26 de agosto, deverão ser intensificados atos locais e nacionais na Jornada Nacional de Lutas , que está unificando várias entidades sindicais, estudantis e populares do país. No dia 24, ocorre uma marcha à Brasília.
As entidades dos trabalhadores ligados à educação, movimentos sociais, Anel e outros setores do movimento estudantl lançarão em Brasília no dia 25, a campanha   “A Educação não pode esperar! 10% do PIB Já! Não ao PNE do governo”.
Além das entidades da educação, no serviço público federal há mobilização para participação na Jornada Nacional de Lutas nos trabalhadores da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal, Associação dos Servidores do IBGE, Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social  (FENASPS) e Condsef.
Deverão participar ainda as categorias com campanha salarial neste início de semestre: metalúrgicos de várias regiões, bancários, petroleiros e setores da educação pública estaduais e municipais, alguns ainda em greve como no Ceará e Minas Gerais.
Participam ainda da jornada o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Movimento Terra e Liberdade (MTL), que intensificarão as ocupações de terras e terrenos urbanos neste período.
*Com informações do ANDES-SN, CSP-Conlutas, SINASEFE e FENAJUFE.
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