Uma multidão de cerca de 20 mil pessoas convocada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) para protestar contra a política econômica da presidente Dilma Rousseff, praticamente paralisou a capital do país nesta quarta-feira.
A passeata, que acontece de maneira pacífica apesar da combatividade das mensagens, ocupou toda a extensão da Esplanada dos Ministérios.
À frente da manifestação, vários cartazes mencionavam a crise internacional, em alusão às medidas de ajuste promovidas por Dilma para blindar o país contra as turbulências internacionais, e os escândalos que sacudiram o Governo Dilma.
Nos oitos meses em que está no poder, Dilma aceitou a renúncia de quatro ministros, três deles por denúncia de corrupção, enquanto outros quatro tiveram que dar explicações quase diárias à imprensa sobre diferentes irregularidades.
Os militantes do MST, que acusam Dilma de ter congelado os planos da reforma agrária, criticam a governante por dar mais atenção aos latifundiários que aos trabalhadores sem-terra.
A marcha também é integrada por movimentos estudantis, professores universitários, funcionários públicos, membros do PSOL e do PSTU, e afetados pela construção de hidroelétricas, especialmente pela de Belo Monte, na Amazônia.
Além disso, membros do movimentos dos sem-teto protestaram contra as expropriações causadas pelas obras para a Copa do Mundo de 2014, as quais chamaram de "apartheid social", e que irão deslocar milhares de pessoas nas cidades sede do torneio.
Todos os movimentos sociais manifestaram sua solidariedade aos estudantes chilenos mobilizados há três meses em reivindicação por melhorias no sistema educacional e com os trabalhadores que participam da greve nacional de dois dias que começou nesta quarta-feira nesse mesmo país para exigir melhorias sociais e trabalhistas.
Fonte: Portal Terra
Confira a repercussão da Marcha na grande imprensa:
Correio do Brasil: Sem-terra, estudantes e sindicalistas vão às ruas cobrar governo
Fotos: UOL notícias
Fotos: Folha online