Confira abaixo o Manifesto do Encontro de Movimentos Sociais do Equador pela Democracia e a Vida*
Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador
ACNUR, ACJ Acuerdo Nacional de Jovenes, A.F.U.T.,Asamblea Nacional Ambiental,Asociación de Comerciantes Chiriyaku,AMPDE,Asamblea de los Pueblos del Sur,Asamblea Mujeres Populares y Diversas, Asociación Alameda ,Asociación Atara del Cantón Yaguachi, Acción Ecologica, Asociación " El Ejido", Asociación 13 de Enero, Asociación 29 de agosto, Brigada Ginesys, C. Agroecologia,C.A.C.P, Caja de Ahorros 4 de Abril, Cayambe UNOPAC, Canasta Solidaria-Quito, Casa Feminista de Rosa, CEA,CEDENMA, CEDOCUT, C.G.B. El Tejar, CEOSL TROVE, CEOSL, CETEMAPA-I, C-CONDEM, CEDOCUT, CEDOCUT E.M.I, CEDOCUT EMAPAI, Centro Agrícola Santa Elena, COAC Riobamba,COCE, Col. Chaquiñan, Colectivo Wambras, Colegio Médico Provincial del Guayas -COMEPROG, Comuna Río San Carlos, CONAIE, Confederación Profesionales de Casalvo, CONFEMEC-Frente Popular, D.D.H.H. Cuenca, Comunidad Sarayaku, Conferma, Cooperativa Puente de Parado, Cooperativa San Francisco, Coordinadora Indígena Santa Elena, Coordinadora Zonas INTAG, Corporación Toisan, Corpukis- Loja, Corriente Socialista Revolucionaria, CPA, CPMA, CUBE, CUCOMITAE, DECOIN, Democracia Socialista, DRE, ECOPAR, ECUARUNARI, Eloy Alfaro, EMAPA- Ibarra, FBPE, FEDARPROBIM, FEBAZ, Fedecomip, Federación Barrios de Cuenca, Federación de Barrios de Quito, Federación de Barrios de Esmeraldas FVB-FUBPE, FEPOSA, FESE, FEPTSE, FETRAMU, FEUE NACIONAL, FEUE Ambato,FEUNASSC, FIAN ECUADOR, FICSH, FIDES, FILI, FLIM, FOCCE, FONAKISE, FOPOCS, Frente Popular Azuay, Frente Popular Esmeraldas, FRIU, FTMO El Oro, Fundación
Quito, 9 de agosto de 2011
Ao cabo de 5 anos, ficou claro que o governo de Correa traiu o projeto político pelo qual o povo equatoriano votou. O projeto correísta representa um modelo autoritário e corrupto de modernização capitalista.
Para legitimar uma suposta imagem de esquerda, o governo utiliza um discurso de aparência radical, mas trata-se de um duplo discurso. O Estado Plurinacional ficou-se nos papéis e a proposta foi esvaziada de conteúdo. A economia social e solidária reduz-se a uma subsecretaria com uma visão marginal e recursos limitados sem avançar para o modelo de desenvolvimento econômico como o estabelece a constituição. Os direitos da natureza e os territórios indígenas são reconhecidos de palavra, mas o modelo extrativista que o governo impulsiona os contradiz e ataca brutalmente. Diz-se que se limitou as formas precárias de dominação do trabalho, como a tercerização e a flexibilização, mas a precarização é transferida para o setor público, tirando a seus trabalhadores o direito de organização, ação sindical e estabilidade laboral; ataca-se o movimento sindical com o pretexto de pôr fim aos privilégios, mas deixam-se intocados os privilégios do capital. O discurso de inclusão e valorização das mulheres contradiz-se com expressões machistas e patriarcais e uma política social que aprofunda a divisão sexual do trabalho. A pretensa democratização da liberdade de expressão encobre a perseguição a todo discurso crítico que questiona o acionar do governo. Só existem simulacros de participação social que são utilizados para avalizar a política governamental. Enquanto o discurso do governo questionou o endividamento externo, o que se fez é mudar de prestamista; se ao início se denunciou o caráter neocolonial do TLC com os Estados Unidos, o governo anda agora empenhado na assinatura de um "acordo comercial" com a União Européia, que substancialmente não se diferencia em nada dos TLC e suas imposições. Fala-se muito de soberania alimentar mas se prioriza os agronegócios e a produção para a agroexportação.
Mas a outra realidade é a dos povos, os movimentos e organizações sociais que hoje resistimos a este modelo, bem como ontem resistimos ao neoliberalismo, e que não dobramos nossas costas em frente ao autoritarismo do governo. À medida que se evidência o caráter do governo, a confrontação política agudiza-se e ativa-se a mobilização social.
Aqui estão as lutas antimineiras, as lutas dos povos do manglar, dos povos afros e montúbios e dos pescadores artesanais,as lutas ambientalistas e ecologistas, as lutas dos mestres e mestras, as lutas estudantis, as lutas do movimento feminista e da diversidade sexual, as lutas de trabalhadoras e trabalhadores públicos, as mobilizações dos pequenos comerciantes, o levantamento indígena e camponês pela água e pela terra, e pela construção do estado plurinacional, a luta dos moradores dos bairros populares; ali está o em massa voto NÃO na consulta de 7 de maio.
Com todas estas lutas e mobilizações se produziu um novo cenário político no qual fortalecemos nossas organizações e nossas lutas e no qual dia-a-dia avançamos na construção de uma unidade programática para um Estado Plurinacional e novas forma de convivência social.
Aqui renasce a esperança! Aqui começa a revolução dos povos!
Quito, 9 de agosto de 2011
Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador
Lista das organizações participantes no Primeiro Encontro de Movimentos Sociais do Equador pela Democracia e a Vida
ACNUR, ACJ Acuerdo Nacional de Jovenes, A.F.U.T.,Asamblea Nacional Ambiental,Asociación de Comerciantes Chiriyaku,AMPDE,Asamblea de los Pueblos del Sur,Asamblea Mujeres Populares y Diversas, Asociación Alameda ,Asociación Atara del Cantón Yaguachi, Acción Ecologica, Asociación " El Ejido", Asociación 13 de Enero, Asociación 29 de agosto, Brigada Ginesys, C. Agroecologia,C.A.C.P, Caja de Ahorros 4 de Abril, Cayambe UNOPAC, Canasta Solidaria-Quito, Casa Feminista de Rosa, CEA,CEDENMA, CEDOCUT, C.G.B. El Tejar, CEOSL TROVE, CEOSL, CETEMAPA-I, C-CONDEM, CEDOCUT, CEDOCUT E.M.I, CEDOCUT EMAPAI, Centro Agrícola Santa Elena, COAC Riobamba,COCE, Col. Chaquiñan, Colectivo Wambras, Colegio Médico Provincial del Guayas -COMEPROG, Comuna Río San Carlos, CONAIE, Confederación Profesionales de Casalvo, CONFEMEC-Frente Popular, D.D.H.H. Cuenca, Comunidad Sarayaku, Conferma, Cooperativa Puente de Parado, Cooperativa San Francisco, Coordinadora Indígena Santa Elena, Coordinadora Zonas INTAG, Corporación Toisan, Corpukis- Loja, Corriente Socialista Revolucionaria, CPA, CPMA, CUBE, CUCOMITAE, DECOIN, Democracia Socialista, DRE, ECOPAR, ECUARUNARI, Eloy Alfaro, EMAPA- Ibarra, FBPE, FEDARPROBIM, FEBAZ, Fedecomip, Federación Barrios de Cuenca, Federación de Barrios de Quito, Federación de Barrios de Esmeraldas FVB-FUBPE, FEPOSA, FESE, FEPTSE, FETRAMU, FEUE NACIONAL, FEUE Ambato,FEUNASSC, FIAN ECUADOR, FICSH, FIDES, FILI, FLIM, FOCCE, FONAKISE, FOPOCS, Frente Popular Azuay, Frente Popular Esmeraldas, FRIU, FTMO El Oro, Fundación La Comuna , Fundación Pueblo Indio del Ecuador, FUNDECOL, FUOS- P, FUOS- Cañar, GAPMS, GCOL, Gobierno Provincial de Morona Santiago, Indymedia Ecuador, INREDH, JatunAyllu, JRE, JRE -Pichincha, Juventud al Socialismo -UCE, Izquierda Unida -España, La Balsa- Los Ríos, La Hora , La Merced , Los Pinos, Madres Comunitarias, Centro Martín Pescador, MAS Movimiento Universitario, MMO, Movimiento Cívico,MPP, Movimiento "Colibrí", ANJ -Asamblea Nacional de Jóvenes, Movimiento La Merced , Movimiento Mujeres de Manabí, Movimiento Y a mí ¿quién me representa?, Municipio de Rumiñahui, Macha PakarinaGualaceo, MPE, OEML -Organización Ecuatoriana de Mujeres Lesbianas, Ojarasca México, O.S.O., Pachamama, Periódico Opción, PIDHDD, Asociación Progreso de Chamanga, RAL, Red de Asambleas Territoriales, Red Nacional Mar, Tierra y Canasta, Red PALSPA-UNOCIGS, Revista R, Rosita Paredes, San José de la Libertad , San Antonio de Valencia, SIGEOSPA, S.G.O., Sindicato de Choferes del Azuay, Sindicato General de Trabajadores de Rumiñahui, Sindicato de Lagro Agrio, Sindicato de Obreros- Muisne, Sindicato de Obreros- Tosagua, Sindicato de Sigsig, Sindicato 24 de Mayo,Sindicato de Nabón, SIU.O.G.P.A., SSC CAÑAR, T.O.P.O., UCAE, UCM, UGTE,ULORS SAYTA, UNCG, UNECH, UOCE, UNOPAC, Luna Creciente,UNE- AZUAY, UNE- BOLIVAR, UNE CHIMBORAZO, UNE IMBABURA, UNE NACIONAL, UNETU, Unión de Taxistas de Azuay, UNOCIR- MICC, UPML Espíndola, USFQ, U.T.V, Vanguardia del Magisterio.
*Fonte: Ecuarunari - [Tradução do Diário Liberdade]