Uma carta aberta distribuída a um extenso mailing pela internet pede contribuição financeira para a defesa do ex-superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em São Paulo , Raimundo Pires da Silva, um dos envolvidos na investigação da Operação Desfalque, desencadeada em junho deste ano pela Polícia Federal (PF).
Na ocasião, foram presos servidores terceirizados do Incra e líderes sem-terra, entre eles José Rainha Júnior, dissidente do Movimento dos Sem-Terra (MST), sob a acusação de desvio de recursos da reforma agrária. Silva foi conduzido à sede da PF em São Paulo para prestar depoimento e acabou perdendo o cargo.
O texto elogia a atuação do ex-superintendente e afirma que ele e seus "companheiros" são vítimas de ataques e do já antigo processo de criminalização da reforma agrária. "Foi exatamente por agirem em defesa de seus ideais, no cumprimento dos princípios da administração pública e pela eficiente implantação da reforma agrária no Estado de São Paulo que essas pessoas sofrem hoje questionamentos de suas ações como gestores e técnicos", diz a carta.
A carta lembra que Raimundo dedicou-se exclusivamente aos cargos que ocupou na administração pública e nunca foi homem de posses, por isso terá dificuldade financeira para contratar sua defesa. Informa ainda que seus colegas criaram um fundo de arrecadação e agradecem "toda e qualquer contribuição".
Fonte: Agência Estado