O Ministério Público Federal do Pará divulgou que com base em um rastreamento de cadeias produtivas realizado em parceria com o Ibama, iniciou duas dezenas de processos judiciais contra fazendas e frigoríficos, pedindo o pagamento de R$ 2,1 bilhões em indenizações pelos danos ambientais.
Segundo o MPF, cerca de 70 empresas que compraram os subprodutos dos frigoríficos receberam, por enquanto, notificações, em que são informadas oficialmente da compra de insumos obtidos com desmatamento ilegal na Amazônia. A partir da notificação, devem parar a aquisição desse tipo de produto, ou passarão à condição de co-responsáveis pelos danos ambientais.
“Sabemos que a principal fonte impulsionadora do desmatamento na Amazônia é a criação de pastos. Por isso, queremos a aplicação da lei para que todas as empresas que participam dessa cadeia econômica de devastação paguem pelos danos ambientais”, disse o procurador da República Daniel César Avelino, responsável pelos processos, em nota divulgada à imprensa. Entre as empresas notificadas estão varejistas como Carrefour, Wal-Mart, Bompreço (que pertence ao Wal-Mart) e Pão de Açúcar. Entre os frigoríficos processados aparece um dos maiores do país, o Bertin, que comprou gado de fazendas multadas pelo Ibama e de uma que fica dentro de uma reserva indígena. Entre as fazendas irregulares, nove pertencem a Agropecuária Santa Bárbara, ligada ao banqueiro Daniel Dantas.
Para baixar a lista das empresas notificadas que compraram produtos dos frigoríficos, clique aqui.
Fonte: Blog Sakamoto
Veja ainda: MPF e Ibama processam empresas que lucram com os bois da devastação 2009-06-01
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