quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Esqueçam o meu passado I

Confrontado e criminalizando uma intensa greve de Policiais Militares na Bahia e de olho nas próximas eleições, o governador Jaques Wagner (PT) tem negado que no passado apoiou greves similares da mesma categoria.

Em discurso do então deputado Jaques Wagner (PT) na Câmara em 1992 este declarava apoio ao movimento encampado por mulheres de PMs que lutavam por melhores salários e condenava a punição imposta a 110 militares.

Já em 2001, quando a Bahia ainda era governada por um carlista, César Borges (DEM), Wagner também como deputado, apoiou uma greve cuja as liderança são praticamente as mesmas da greve atual.

“Entrei na greve de 2001 para negociar com o então governador César Borges. Se o PT, na época, apoiou e entendeu como justa a posição, não tenho nenhum constrangimento. Tenho ideias proprias. Mas não sou parte dos que usaram de violência. E não estou preocupado se a greve vai prejudicar o candidato que eu apoiar”, retruca o petista, que caracteriza o atual movimento grevista como “ato de vandalismo” e formado por “criminosos”.

Em nota, o PT da Bahia pede “firmeza, serenidade e diálogo” para o fim da greve. “Entendemos ser imperativa a discussão e solução das condições salariais e das questões de trabalho, dentro dos limites legais de organização dos trabalhadores policiais militares; negociando as possibilidades e restrições orçamentárias do Estado e acima de tudo garantir a volta à normalidade das atividades policiais oferecendo a segurança da sociedade”, diz  trecho do documento.


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