Confrontado e
criminalizando uma intensa greve de Policiais Militares na Bahia e de olho nas
próximas eleições, o governador Jaques Wagner (PT) tem negado que no passado
apoiou greves similares da mesma categoria.
Em discurso do então
deputado Jaques Wagner (PT) na Câmara em 1992 este declarava apoio ao movimento
encampado por mulheres de PMs que lutavam por melhores salários e condenava a
punição imposta a 110 militares.
Já em
2001, quando a Bahia ainda era governada por um carlista, César Borges (DEM),
Wagner também como deputado, apoiou uma greve cuja as liderança são
praticamente as mesmas da greve atual.
“Entrei na greve de 2001 para negociar com o então
governador César Borges. Se o PT, na época, apoiou e entendeu como justa a
posição, não tenho nenhum constrangimento. Tenho ideias proprias. Mas não sou
parte dos que usaram de violência. E não estou preocupado se a greve vai
prejudicar o candidato que eu apoiar”, retruca o petista, que caracteriza o
atual movimento grevista como “ato de vandalismo” e formado por “criminosos”.
Em nota, o PT da Bahia pede “firmeza, serenidade e
diálogo” para o fim da greve. “Entendemos ser imperativa a discussão e
solução das condições salariais e das questões de trabalho, dentro dos
limites legais de organização dos trabalhadores policiais militares;
negociando as possibilidades e restrições orçamentárias do Estado e
acima de tudo garantir a volta à normalidade das atividades policiais
oferecendo a segurança da sociedade”, diz trecho do documento.
Leia ainda: O PT e a greve da PM na Bahia: entre o império da farsa e do terror
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