domingo, 5 de fevereiro de 2012

Por não ter sido reconhecido como um legítimo “defensor dos direitos humanos”


Em entrevista ao sítio da revista Época,o secretário executivo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ramaís de Castro Silveira, reconhece que as denúncias de assassinato, ameaças e roubo de madeira no Oeste do Pará são consistentes. Na semana passada, a jornalista Eliane Brum publicou em sua coluna o drama de dois brasileiros que denunciaram uma quadrilha especializada na extração ilegal de madeira da Amazônia perto dos municípios de Trairão e Itaituba.

Um deles, João Chupel Primo, foi assassinado no dia 22 de outubro do ano passado, cerca de 48 horas após fazer a denúncia no Ministério Público Federal. O outro, Junior José Guerra, fugiu do Estado com medo de morrer. Depois de pedir e não receber proteção das autoridades para continuar no local, ele resolveu se esconder por conta própria. Está há cerca de três meses nessa condição.

Nesta entrevista, Ramaís admite a legitimidade do pedido de socorro feito por Junior. Mas explica que ele não recebeu a proteção que pleiteava por não ter sido reconhecido como um legítimo “defensor dos direitos humanos” numa avaliação feita pela Defensoria Pública do Pará, órgão vinculado ao governo do Estado. Essa avaliação poderia ser revista pela Secretaria de Direitos Humanos, segundo Ramaís, se Junior resolvesse recorrer da decisão da Defensoria.

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