segunda-feira, 26 de maio de 2008

"Maio de 68: a última onda revolucionária que atingiu o centro do capitalismo"

No ano em que se completam 40 anos do maio de 1968 e que todos os meios de comunicação se apropriam da data para dar a ela outros contornos, esse blog vai divulgar artigos mais fiéis ao significado revolucionário desse momento. Seguem dois artigos, um do Valério Arcary e outro do Osvaldo Coggiola.

Ainda estou devendo os artigos sobre os sessenta anos da criação do estado de Israel e de massacre do povo palestino, muito comentado na mídia ultimamente de forma parcial e pró-israelense.

"Maio de 68: a última onda revolucionária que atingiu o centro do capitalismo"

Valerio Arcary*

"Situações revolucionárias, como o maio de 68 francês, podem evoluir em radicalização para uma crise revolucionária – a hora da insurreição, quando a crise do regime cresce e precipita uma crise do Estado – ou podem refluir, e permitir a estabilização da dominação. O maio francês foi uma revolução política derrotada, pois o regime da V República sobreviveu, ainda que De Gaulle tenha permanecido no poder somente até abril de 1969. Mas, foi uma revolução. As revoluções em um país, sobretudo, quando vitoriosas, favorecem mudanças por reformas. Nos países onde o terremoto explodiu, e em outros, onde o perigo alerta as classes dominantes. Mesmo as revoluções abortadas funcionam, historicamente, como um “alerta amarelo” para as classes dirigentes de que algumas concessões terão que ser aceleradas, para evitar um novo curto-circuito das relações político-sociais. As reformas podem ser econômicas, sociais, políticas ou culturais. Mas, as reformas não foram obra da contra-revolução: foram, essencialmente, um sub-produto da revolução."

Para ler este artigo na íntegra é só clicar em http://www.conlute.org.br/index.php/noticia/maio-de-68-a-ultima-onda-revolucionaria-que-atingiu-o-centro-do-capitalismo/

*Professor do CEFET/SP, doutor em história pela USP e militante do PSTU.
Fonte: Conlute
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