Apenas 317 famílias foram assentadas nos Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS) que a irmã defendia - o plano era atender pelo menos mil famílias. Muitas abandonaram os lotes por falta de condições mínimas de sobrevivência. Nenhuma casa foi construída, não há energia, água potável nem atendimento médico. As escolas são distantes.
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A maioria dos assentados continua como ocupante precário, pois a imissão de posse, que devolve as terras ao governo e possibilita o assentamento, não saiu. Como não há estrada para escoar a produção, as famílias que pegaram financiamento ficaram inadimplentes. Por falta de matéria-prima, uma unidade de processamento de frutas construída pela freira com recursos do governo fechou as portas há um ano.
O padre José Amaro Lopes de Souza, de 41 anos, que assumiu o projeto, critica a "inércia" do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). "O projeto não era da irmã, era do povo e devia ser colocado em prática pelo Incra, mas quase nada aconteceu." Ele diz que a luta da religiosa não era apenas para retirar os invasores e repartir a terra. "Era para assentar o trabalhador e dar condições para ele permanecer."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.