A absolvição na semana passada do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado como mandante do assassinato da freira estadunidense Dorothy Stang é mais um caso de impunidade nos conflitos agrários no país.
Bida, antes condenado a 30 anos de prisão, é acusado de ser um dos mandantes do assassinato. Pesa ainda contra o mesmo, denúncias de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão em suas fazendas (localizadas em terras públicas da União).
Estranhamente, o mesmo júri que anteriormente o condenara, agora o absorvera. Na cidade de Altamira, Pará, houve até comemoração, similiar ao dia em que Lula assinou a Medida Provisória 422.
Mas como criticar um júri quando temos no comando de instituições pessoas que declaram frases exdrúxulas. E o mínimo que se pode dizer das declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes: "Eu acho que temos que parar com esse tipo de consideração. Quer dizer: o resultado da condenação é que atenderia a boa imagem do Brasil? E se de fato essa pessoa for inocente? Eu não disponho de dados, talvez o presidente disponha".
As declarações a que Gilmar Mendes se referia a uma fala de Lula um dia após a absolvição de Bida. Por sua vez o Ministro da Justiça, Nelson Jobim fez coro ao discurso e declarou: "Isso faz parte das instituições democráticas. Por isso não fiquei surpreendido. Mas não conheço o processo e não me compete emitir opinião", afirmou.
Fontes: Com informações da Folha On-line.
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