quinta-feira, 22 de maio de 2008

Rondônia: Falta uma índia Tuíra...

Consórcio Energia Sustentável do Brasil vence o leilão da Usina Hidrelétrica de Jirau

O consórcio 'Energia Sustentável do Brasil', constituído pelas companhias Suez (50,1%), Camargo Corrêa (9,9%), Eletrosul (20%) e Chesf (20%), venceu o leilão da hidrelétrica de Jirau, do rio Madeira, realizado no dia 19 de maio.

A proposta do grupo foi de R$ 71,40 Mwh, um deságio de 21,6% sobre o preço-teto de R$ 91/MWh da licitação. De acordo com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o leilão da Usina Hidrelétrica Jirau, é mais um episódio da entrega do patrimônio nacional aos interesses das grandes empresas, tal como aconteceu no processo de privatização das estatais brasileiras.

Segundo o MAB, em nota, “o leilão da hidrelétrica Jirau, assim como foi o leilão da hidrelétrica Santo Antônio, possui um agravante: além do investimento público na construção, possibilita o saqueio dos recursos naturais da Amazônia através da criação de hidrovias para o transporte da madeira (muitas vezes ilegal) e de minérios, além de criar um corredor para o escoamento da soja que vem sendo produzida na região amazônica.

Se isso não bastasse, a construção de Jirau abre definitivamente a fronteira amazônica para a construção de grandes empreendimentos energéticos, seja para a construção de novas usinas hidrelétricas, ou para a plantação de cana-de-açúcar e produção do etanol, agravando a destruição da floresta.” O custo total para a construção da UHE Jirau é de R$ 8,7 bilhões, que somados ao custo das demais obras previstas para o Complexo Madeira, chega a um total de R$ 43 bilhões.

Fonte: MAB
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