domingo, 9 de outubro de 2011

Assessor do FMI prognostica ''colapso financeiro'' da Europa ''em duas ou três semanas''


Robert Shapiro adverte que o mundo enfrenta uma ''tormenta perfeita'', em relação à crise capitalista.

Shapiro considera que para evitar este "apocalipse financeiro" é crucial estabilizar a dívida soberana do Estado espanhol e da Itália.

Os bancos europeus correm o risco de "colapsar" no prazo de duas ou três semanas se os líderes políticos não forem capazes de encontrar soluções para a crise de dívida soberana, o que inevitavelmente se refletirá também nos bancos e economias do resto do mundo, previu o economista estadunidense Robert Shapiro.

"Se os líderes políticos não forem capazes de enfrentar de maneira credível esta situação, acho que no prazo de duas ou três semanas poderíamos enfrentar o colapso da dívida soberana, o que desencadearia o colapso do sistema bancário europeu", alertou o assessor do Fundo Monetário Internacional (FMI), que considera "crucial" para evitar este "apocalipse financeiro" estabilizar a dívida soberana do Estado espanhol e Itália.

Em declarações oferecidas à BBC, Shapiro apontou que o problema não se limitará "a uma entidade belga relativamente pequena", mas a todos os grandes bancos, incluídos os da Alemanha, Reino Unido, EUA e Japão, devido ao alto grau de interligação das finanças internacionais.

"Esta crise será pior que a ocorrida em 2008", alertou Shapiro, quem também assegurou que nos Estados Unidos não se conhece a exposição da banca à dívida soberana européia nem à de entidades do velho continente. Assim mesmo, disse que "ninguém sabe o estado dos seguros perante a falta de pagamento (CDS) da banca e da dívida soberana européia".

Sublinhou, ainda, a necessidade "crucial", inclusive acima da recapitalização da banca européia, de "encontrar um plano credível para preservar a estabilidade da dívida soberana do Estado espanhol e Itália".

Por sua vez, Paul Myners, que foi responsável pela Secretaria de Serviços Financeiros do Reino Unido entre 2008 e 2010 durante a etapa do governo de Gordon Brown, advertiu de que o mundo enfrenta "uma tormenta perfeita*" e recomendou aos líderes europeus atingirem um "acordo significativo para recapitalizar os bancos"

Fonte: Correo del Orinoco - [Tradução e disponível em Diário Liberdade]
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