Os estudantes italianos realizaram nesta sexta-feira uma greve geral e manifestações em noventa cidades do país para protestar contra os novos cortes incluídos no plano de ajuste do Governo de Silvio Berlusconi.
Os estudantes voltaram a sair às ruas para protestar contra a política educacional do Governo depois das últimas manifestações e que em várias ocasiões terminaram em graves confrontos como os que foram vistos em Roma em dezembro de 2010.
Os sindicatos dos trabalhadores da Educação também protestam contra os cortes na investigação ou nas becas de estudo, cujos fundos – asseguram – reduziram em 90%.
A jornada de protestos começou quando várias dezenas de estudantes se concentraram em frente ao Palazzo Chigi, sede do Governo, com vários despertadores para "que desperte, pois esta geração não quer que se perca mais tempo", segundo explicaram em uma nota a associação de estudantes Rete degli Studenti.
Durante a manhã, dezenas de milhares de estudantes marcharam pelas ruas das principais cidades da Itália, entre elas Milão, Roma, Trieste, Cagliari, Bolonha, Turim e Palermo, sob o tema: "Esta crise não é nossa e nós não a pagaremos".
"Cortou-se os programas. Não querem que nossas crianças estudem. Dizem que faltam fundos enquanto o dinheiro para as missões militares ou para a casta (política) não se toca", explicava um professor na manifestação de Roma.
Em Milão, durante a marcha se viveram momentos de tensão quando alguns estudantes jogaram ovos e bolas de tinta nas sedes de alguns bancos, enquanto que outros tentaram entrar na sede italiana da agência de qualificação de riscos Moody's.
Tanto em Roma como Milão as marchas se desenvolvem ante uma forte presença policial depois dos confrontos do ano passado
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