No Dia do Trabalho, comemorado nesta
terça-feira (1º), a CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) reuniu mais de
2.000 pessoas na avenida Paulista, em São Paulo, segundo os organizadores do
ato.
A concentração ocorreu no vão livre do
Masp, às 9h. Após a realização de um ato político, os manifestantes desceram a
rua da Consolação até a igreja, onde finalizaram o evento.
Participaram do ato uma delegação de
trabalhadores da hidrelétrica de Belo Monte e uma de trabalhadores do Comperj
(Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), ambos em greve.
Além dessas, estavam metalúrgicos de
São José do Campos, trabalhadores rurais de Brasiléia e Xapuri (AC), bancários
do Rio Grande do Norte, professores e representações quilombolas de diversos
Estados, metroviários de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, servidores
públicos federais, estaduais e municipais, operários da construção pesada de
Suape (PE), estudantes, rodoviários de Fortaleza (CE), movimentos populares de
São Paulo e do Pinheirinho, entre outros.
O evento também contou com a presença
de uma delegação internacional, com representantes de organizações de
trabalhadores países como Egito, França, Itália, Alemanha, Espanha, Inglaterra,
Senegal, Benin, África do Sul, EUA, Canadá, Costa Rica, Haiti, México,
Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai.
A atividade foi encerrada pela
presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores de Giza, membro do
comitê de direção da Federação dos sindicatos independentes do Egito, Fatma
Ramadan, que saudou os trabalhadores do Brasil e ressaltou o perfil classista e
internacionalista da central.
"Lá no Egito também sofremos com
as demissões em massa e as terceirizações que retiram direitos. O capitalismo
quer que paguemos a conta da crise. A revolução no Egito deve se espalhar pelo
mundo para combater esses ataques", disse.
Diferente do Primeiro de Maio de
outras centrais sindicais, a manifestação na Paulista não foi patrocinada por
empresas ou governos.