quinta-feira, 11 de abril de 2013

Desaparecimento de operário e repressão contra a greve em Belo Monte obrigam CCBM a reunir-se com Defensoria Pública


A Defensoria Pública de Altamira se reuniu com o CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte) no final da tarde desta quarta-feira (10). O órgão foi apurar as denúncias apresentadas pela CSP-Conlutas do desaparecimento de um operário do Sítio de Belo Monte e a repressão e intimidação por parte da Força Nacional contra os trabalhadores em greve.

 Na reunião, o Consórcio foi obrigado pela Defensoria Pública a disponibilizar ônibus para os grevistas irem até Altamira, já que se sentem inseguros dentro dos canteiros. “Os trabalhadores querem ir à cidade, pois aqui não conseguem negociar com o Consórcio. Além disso, a empresa, junto com o governo, enviou a Força Nacional ao canteiro e os trabalhadores se sentem intimidados, cercados e com medo”, disse o membro da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes, que presta solidariedade à luta dos operários. Segundo o dirigente da Central, outro o objetivo ao ir à cidade é tentar uma audiência com um representante do governo para discutir as reivindicações da pauta apresentada no início da greve.

Denúncia enviada ao TST 
Outra iniciativa tomada pelos operários foi de formar uma comissão e protocolar uma denuncia junto ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) contra os abusos cometidos pelo Consórcio durante a greve.

Demissões
A greve iniciada no Canteiro de Pimental na sexta-feira (5) foi duramente reprimida, além da demissão de ao menos 450 operários. Os trabalhadores recuaram com medo de novas demissões.

Belo Monte continua em greve
O Sítio Belo Monte, um dos canteiros que concentra o maior número de funcionários, resistiu à repressão e agora enfrenta a intimidação por parte da Força Nacional. Setenta por centro dos mais de 6 mil trabalhadores continuam parados.

Reivindicações
Foram listados mais de 35 itens de reivindicações e entregues ao departamento de relações sindicais do CCBM. As principais são: 40% de adicional por confinamento, baixada de 3 meses para todos, desfiliação geral do Sintrapav, fim do 5 por 1, equiparação salarial, fim do desvio de função, entre outros.

A greve questiona ainda a atuação do Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará) filiado à Força Sindical, que, de acordo com os trabalhadores, é omisso e não apoia suas reivindicações. A CSP-Conlutas e o Sinticma (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Madeireiras e da Construção Civil Leve de Altamira) os apoiam a lutar pelos seus direitos.

Fonte: CSP-Conlutas
Comentários
0 Comentários

0 comentários: