Uma série de matérias da jornalista Cristiane Capuchinho mostra a situação precária da Universidade Federal do Oeste do Pará- Ufopa. Os textos estão no portal Uol Educação:
A Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará) vive de improviso mesmo três após o decreto de sua criação em novembro de 2009. Um de seus campi se chama "Boulevard" -- referência ao nome do hotel em que funciona, o Amazônia Boulevard.
Todos os 1.200 calouros que recebe a cada vestibular passam pelas 40 salas de aula que funcionam em conjunto com as atividades hoteleiras do locador, agências de viagem e até uma outra unidade universitária de uma instituição privada.
Um ano após a estatuinte, a universidade segue sem o documento que permite, ente outras coisas, a eleição de um reitor. "Não temos nenhuma informação objetiva do que está sendo feito ou em que pé está a homologação do estatuto", afirma França.
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A falta de laboratórios em número suficiente para acomodar alunos e professores da Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará) provoca situações esdrúxulas. Caso emblemático é o do Laboratório de Sementes Florestais. No laboratório convivem –ou deveriam conviver— quatro professores e suas pesquisas. No entanto, a pesquisa com sementes florestais não pode ser feita, pois a pesquisa com fungos, locada em uma bancada vizinha, contaminaria as amostras.
No ICED (Instituto de Ciências da Educação), o problema é ainda maior. Das 290 vagas oferecidas no último ano para alunos do ciclo básico, apenas metade foram preenchidas, afirma o reitor, que diz estar avaliando um plano de estímulo que prevê que todos os alunos da licenciatura recebam bolsa de estudos.
O modelo, que na visão do professor Seixas é inovador e precisa apenas de adequações que devem vir a partir da experiência, é percebido pela maioria dos alunos e professores entrevistados como gerador de frustração e desperdício de dinheiro público.
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O vestibular da Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará) não seleciona diretamente para as graduações que oferece. O sistema inclui, pelo menos, seis meses de matérias interdisciplinares para que o calouro se classifique para o instituto desejado. A escolha do curso demora outros seis meses, no mínimo.
Mesmo já nos bancos do ensino superior, o clima nas aulas dos primeiro anistas é de competição. Os estudantes ouvidos pelo UOL relatam que uma das principais consequências é que não há sentimento de grupo. Alguns alunos se recusam a fazer trabalhos em grupo, não repassam mensagens de professores e chegam a rasgar a lista de frequência. O objetivo é prejudicar seus colegas-concorrentes.