A divisão do Pará é rejeitada por 58% dos eleitores
do Estado, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha divulgada ontem.
Ainda há, porém, uma margem para mudanças de
opinião, já que apenas 19% dos entrevistados se consideram bem informados sobre
o plebiscito que ocorrerá em 11 de dezembro no Estado.
O percentual de rejeição é o mesmo tanto para a criação do Carajás (sudeste do Pará) como para a criação do Tapajós (oeste do Estado).
Os favoráveis à implantação dos novos Estados são 33% para ambos os casos.
A diferença está nos que afirmam ainda não saber seu voto. Questionados se são a favor da criação do Carajás, 8% responderam que não sabem. No caso do Tapajós, 10% disseram não saber.
A soma dos percentuais dá 99% no caso de Carajás e 101% para Tapajós. Isso ocorre devido aos arredondamentos numéricos, porque o Datafolha não trabalha com números decimais.
A pesquisa, encomendada em parceria entre Folha, TV Liberal e TV Tapajós (afiliadas da Rede Globo no Pará), ouviu 880 eleitores paraenses de 7 a 10 de novembro.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa é um retrato do momento imediatamente anterior ao horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, que começou ontem.
"Existe um campo de eleitores pouco informados para ser explorado pelas campanhas", disse Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
Isso se justifica pelo fato de a campanha nas ruas do Pará ainda não ter deslanchado. Há pouca mobilização.
BENEFICIADOS
Os políticos do Pará serão os mais beneficiados pela divisão na opinião de 44% dos eleitores entrevistados.
Só 19% acham que a população vai ter melhorias com os novos Estados.
Os mais otimistas moram nas regiões que formariam o Carajás e o Tapajós. Para eles, os serviços melhorariam.
Por exemplo: 89% dos eleitores do Carajás e 79% dos do Tapajós acham que as rodovias, as hidrovias e as ferrovias melhorariam com a divisão.
Entre os moradores do Pará remanescente, são 30%.
O percentual dos votos a favor da separação também cresce nessas regiões.
No Carajás, 84% são a favor de que a região se torne um novo Estado. No Tapajós, são 77% os favoráveis.
Essas regiões, porém, têm só 36% da população. Os eleitores de Belém são o alvo das campanhas, pois são decisivos para o resultado final.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 46.041/2011.
Eleitor de Belém é o foco das duas campanhas
Enquanto a campanha contra a divisão do Pará abusou de jingles, os defensores dos novos Estados apelaram para estimativas econômicas no primeiro dia de horário eleitoral no rádio e na TV.
O principal argumento contra a divisão é que o Pará remanescente perderia 87% dos rios e florestas e 85% das riquezas minerais. "Com pouca terra e nenhum recurso, o Pará não teria como gerar emprego e atender cerca de 5 milhões de pessoas, que é a população que restaria ao Estado", disse um narrador.
O ritmo predominante na propaganda foi o tecnobrega, com a participação de artistas locais como Edilson Moreno e Gang do Batidão.
A campanha a favor da divisão argumentou que o atual governo não tem recursos para resolver os problemas do Pará, o que seria resolvido pela criação dos novos Estados de Carajás e Tapajós.
Ao fundo, imagens da periferia de Belém ilustravam dados apresentados sobre a pobreza da população.
Dirigindo-se ao eleitor de Belém, a propaganda apresentou estimativas mostrando que a arrecadação do Pará cresceria com a divisão.
"Belém, não feche os olhos, o futuro desse povo está nas suas mãos", entoou um jingle ao ritmo sertanejo. O trecho do Pará que permaneceria inalterado com a divisão concentra a maioria dos eleitores. Por isso, é estratégico o convencimento deles para uma vitória nas urnas.
O percentual de rejeição é o mesmo tanto para a criação do Carajás (sudeste do Pará) como para a criação do Tapajós (oeste do Estado).
Os favoráveis à implantação dos novos Estados são 33% para ambos os casos.
A diferença está nos que afirmam ainda não saber seu voto. Questionados se são a favor da criação do Carajás, 8% responderam que não sabem. No caso do Tapajós, 10% disseram não saber.
A soma dos percentuais dá 99% no caso de Carajás e 101% para Tapajós. Isso ocorre devido aos arredondamentos numéricos, porque o Datafolha não trabalha com números decimais.
A pesquisa, encomendada em parceria entre Folha, TV Liberal e TV Tapajós (afiliadas da Rede Globo no Pará), ouviu 880 eleitores paraenses de 7 a 10 de novembro.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa é um retrato do momento imediatamente anterior ao horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, que começou ontem.
"Existe um campo de eleitores pouco informados para ser explorado pelas campanhas", disse Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
Isso se justifica pelo fato de a campanha nas ruas do Pará ainda não ter deslanchado. Há pouca mobilização.
BENEFICIADOS
Os políticos do Pará serão os mais beneficiados pela divisão na opinião de 44% dos eleitores entrevistados.
Só 19% acham que a população vai ter melhorias com os novos Estados.
Os mais otimistas moram nas regiões que formariam o Carajás e o Tapajós. Para eles, os serviços melhorariam.
Por exemplo: 89% dos eleitores do Carajás e 79% dos do Tapajós acham que as rodovias, as hidrovias e as ferrovias melhorariam com a divisão.
Entre os moradores do Pará remanescente, são 30%.
O percentual dos votos a favor da separação também cresce nessas regiões.
No Carajás, 84% são a favor de que a região se torne um novo Estado. No Tapajós, são 77% os favoráveis.
Essas regiões, porém, têm só 36% da população. Os eleitores de Belém são o alvo das campanhas, pois são decisivos para o resultado final.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 46.041/2011.
Eleitor de Belém é o foco das duas campanhas
Enquanto a campanha contra a divisão do Pará abusou de jingles, os defensores dos novos Estados apelaram para estimativas econômicas no primeiro dia de horário eleitoral no rádio e na TV.
O principal argumento contra a divisão é que o Pará remanescente perderia 87% dos rios e florestas e 85% das riquezas minerais. "Com pouca terra e nenhum recurso, o Pará não teria como gerar emprego e atender cerca de 5 milhões de pessoas, que é a população que restaria ao Estado", disse um narrador.
O ritmo predominante na propaganda foi o tecnobrega, com a participação de artistas locais como Edilson Moreno e Gang do Batidão.
A campanha a favor da divisão argumentou que o atual governo não tem recursos para resolver os problemas do Pará, o que seria resolvido pela criação dos novos Estados de Carajás e Tapajós.
Ao fundo, imagens da periferia de Belém ilustravam dados apresentados sobre a pobreza da população.
Dirigindo-se ao eleitor de Belém, a propaganda apresentou estimativas mostrando que a arrecadação do Pará cresceria com a divisão.
"Belém, não feche os olhos, o futuro desse povo está nas suas mãos", entoou um jingle ao ritmo sertanejo. O trecho do Pará que permaneceria inalterado com a divisão concentra a maioria dos eleitores. Por isso, é estratégico o convencimento deles para uma vitória nas urnas.