Na última sexta-feira, 04, esteve presente na Universidade Federal do
Pará (UFPA) para as comemorações da Semana do Servidor promovida pela
administração superior da universidade, o Secretário de Recursos Humanos do
Ministério de Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), Duvanier Paiva.
Representantes do SINDTIFES, do Sindicato Nacional dos Servidores
Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica - Pa (SINASEFE), da
Associação dos Docentes da UFPA (ADUFPA) do Sindicato Trabalhadores no
Serviço Público Federal no Estado do Pará (SINTSEP), e da Central Sindical e
Popular (CSP-CONLUTAS) protestaram contra as políticas que o governo Dilma vem
desenvolvendo no serviço público federal.
As representações dos sindicatos solicitaram dar respostas às calúnias
proferidas por Duvanier, que responsabilizou os movimentos grevistas e suas
entidades nacionais pelo fato do governo não ter atendido as reivindicações das
categorias. No entanto, não houve espaço democrático formal que contemplasse os
servidores. Palavras de ordem como “Duvanier, cara-de-pau, cadê o dinheiro do
serviço federal?” e “Oh Dilma, que papelão tem dinheiro para banqueiro e não
tem pra educação”, deram o tom do protesto.
Ironicamente, Duvanier Paiva foi convidado para estar na mesa “Um novo
olhar sobre as relações de trabalho do servidor público federal”. No discurso,
o secretário ressaltou seu histórico no movimento sindical (Central Única dos
Trabalhadores- CUT) e esforçou-se, em vão, para demonstrar como o governo
federal vem se empenhando para melhorar a qualidade do serviço público. No
entanto, na prática pode se notar a intransigência com que Dilma, e seu
“negociador” Duvanier, trataram o funcionalismo público em suas greves neste
ano.
O novo olhar do governo Dilma reflete o tratamento que os servidores
públicos recebem. Ataques a seus direitos estão na ordem do dia. Até mesmo o
direito à greve o governo do partido dos trabalhadores ameaça retirar dos
servidores, ao recusar encaminhar as negociações com os técnico-administrativos
em greve. E mesmo com nosso retorno ao trabalho, no dia 26 de setembro, ainda
aguardamos um sinal de negociação de Duvanier e Dilma.
Fonte: SINDITIFES