A leitura das duas listas indicando como cada senador votou na longa sessão que foi aprovada a MP 458 é cheia de tristes surpresas. A primeira delas é o número de senadores presentes à uma sessão que decidiria um assunto de extrema relevância. Dos 81 homens e mulheres eleitos para sentar lá, apenas 40 estavam presentes à primeira sessão, onde simplesmente se votou quem era contra e quem era a favor da medida provisória. O placar foi acachapante.
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Trinta e sete senadores votaram em favor da legalização da grilagem de terras públicas. Entre eles, estavam notórios defensores do desmatamento, como Kátia Abreu (DEM-TO) e Mozarildo Cavalcânti (PTB-RR). Mas ao grupo, juntou-se gente com eleitorado eminentemente urbano, como Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Sergio Guerra (PSDB-PE), que pelo menos em teoria nada ganham votando em favor de interesses ruralistas. Dele também fez parte senador que adora se dizer moderno e progressista, como Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Nessa primeira votação, houve uma abstenção, de Renato Casagrande (PSB-ES), e apenas dois votos contra a MP, cravados por Pedro Simon (PMDB-RS) e Flavio Arns (PT-PR). Marina Silva (PT-AC), estava presente no Senado, mas preferiu não registrar seu voto na primeira sessão, numa tentativa de não dar quorum à votação.
Na segunda votação, a Senadora registrou presença e apresentou destaques, foi à tribuna, fez um discurso emocionado e angariou 21 votos contra as piores partes da medida provisória, como a que permite entregar terras à empresas e a que dispensa a titulação sem um vistoria prévia por agentes do governo. Na parte da votação se “destacou” ainda o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) que tratorou a votação de outros possíveis destaques.
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Com informações do Greenpeace
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