quinta-feira, 29 de março de 2012

6 mil servidores marcham em Brasília, mas governo nega reajuste e aprova privatização da previdência no Senado

Nesta quarta-feira, 28 de março, cerca de 6 mil servidores públicos federais participaram de um ato na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Com faixas, cartazes e palavras de ordem, manifestantes vindos de diversas regiões do país pressionaram o governo para o atendimento da pauta de reivindicações da campanha salarial 2012. Uma das principais reivindicações é a rejeição do PLC 2/2012 que cria o fundo de pensão complementar e privatiza o sistema de previdência do funcionalismo federal que acabou sendo aprovado em comissões e no plenário do Senado Federal.


O Ministro da Previdência, Garibaldi Alves, comemorou a aprovação e disse que o governo só deve nomear novos servidores concursados após a sanção da lei que criou a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp).


Os manifestantes se concentraram em frente ao Ministério do Planejamento. Representantes das 31 entidades que compõe o Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Federais se reuniram com o Secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, para mais uma rodada de negociações.


Na mesa, o governo deixou claro que não pretende  conceder reajuste linear ao funcionalismo federal e terá dificuldades em atender os outros pontos da pauta unificada dos servidores públicos federais e que irá continuar priorizando as mesas setoriais de negociação.

O responsável pela SRT/MP disse que o governo se dispõe a negociar o pacote de benefícios, mas com possibilidade de impacto em parte para 2013 e outra para 2014. Com relação à data estipulada pelos SPF de 31 de março para uma resposta efetiva do governo, Mendonça disse que é impossível trabalhar dentro desse prazo e sinalizou a possibilidade de uma conclusão até o final de julho.

“Pretendemos dar uma reposta até o dia 31 de julho, não necessariamente para atender um ou outro ponto específico, mas para ver se teremos espaço para avançar em algo”, informou.

Como forma de pressionar o governo e intensificar a mobilização dos servidores públicos, o Fórum das Entidades Nacionais decidiu propor um Dia Nacional de Lutas, com 24 horas de paralisação geral em 25 de abril, um dia após a próxima reunião entre o Fórum e o governo (24/4), com a perspectiva de construção da greve geral da categoria para quebrar a intransigência do governo.


Comentários
0 Comentários

0 comentários: