E
por falar em propaganda, a revista semanal CartaCapital publicou uma matéria em que explica porque vetou a
propaganda da Eternit em suas páginas.
A fabricante de produtos a base de
amianto foi condenada recentemente na Itália por exposição de trabalhadores e
pessoas da comunidade aos males causados pelo amianto – fibra natural
considerada cancerígena, mas resistente e barata e, por isso, muito utilizada
na construção civil .
A
justiça italiana condenou o bilionário suíço Stephan Schmidheiny e o barão
belga Louis de Cartier de Marchienne a 16 anos de prisão. Os fundadores da
empresa Eternit responderam por omissão intencional de cautelas e desastre
ambiental doloso ao expor funcionários ao produto, sabendo que este era
prejudicial ao meio ambiente e à saúde.
No
Brasil, o amianto continua sendo produzido e comercializado, mas desde a
decisão, a Eternit do Brasil está tendo de se explicar, inclusive com vários
anúncios nos grandes meios de comunicação em que diz que “não tem nenhuma relação com a Eternit de
outros países, inclusive com o caso da Itália” e “a extração e beneficiamento do amianto
crisotila por sua controlada SAMA, bem como a utilização do mineral nas
fábricas da Eternit, seguem rígidos padrões de segurança que superam as
exigências legais”.
O
anúncio foi veiculado, primeiramente, nos principais jornais do país, entre os
quais Estadão, Folha, Globo, Valor Econômico e Estado de Minas. Depois, nas
revistas semanais Veja, IstoÉ e Época.
CartaCapital
recusou. Em matéria publicada na edição de 24/2/2012 e ainda explicou por quê:
“É
um direito e um dever da empresa prestar esclarecimentos aos consumidores. Como
também é obrigação de CartaCapital checar as informações publicadas na revista,
mesmo quando se tratar de peças publicitárias e quando assim for entendido
necessário. Foi o que fizemos. Diante do interesse da Eternit em veicular seu
anúncio em nossas páginas, achamos por bem conferir os argumentos apresentados
na ‘nota de esclarecimento’. A totalidade dos especialistas entrevistados
rechaçou as explicações”.
Fonte:
as princiais informações são de Conceição Lemes e estão no blog Vi o Mundo.