Os campeões da lista de alertas de desmatamento são os estados de Mato Grosso, do Pará e de Rondônia.
Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal subiram 26%, entre 1º de agosto de 2012 e 28 fevereiro de 2013, em comparação ao mesmo período do ano passado, informou hoje (28) o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal subiram 26%, entre 1º de agosto de 2012 e 28 fevereiro de 2013, em comparação ao mesmo período do ano passado, informou hoje (28) o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os dados foram registrados
pelo Deter, sistema de detecção de desmatamento em tempo real do Inpe, que usa
imagens de satélite para analisar a perda da Floresta Amazônica em nove
estados. Eles incluem a degradação, referente ao desmatamento parcial da
floresta, e o corte raso, quando há desmatamento total da área e o solo fica
exposto. No total, foram registrados alertas de desmatamento ou degradação nos
últimos seis meses em 1.695,27 quilômetros quadrados da floresta.
Segundo o diretor de
Proteção Ambiental do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), Luciano de Menezes Evaristo, o índice divulgado ainda não comprova o
aumento de desmatamento na região. “Não se pode dizer que com o aumento de
alertas houve o aumento de desmatamento. Isso porque o Deter, que tem um
componente de degradação florestal que pode se tornar ou não em desmatamento.
Temos que aguardar o período Prodes [Programa de Cálculo do Desflorestamento da
Amazônia] em julho para ser definido se aquela degradação foi realmente corte
raso [desmatamento]”, explicou.
Os campeões da lista de
alertas de desmatamento são os estados de Mato Grosso, do Pará e de Rondônia. O
Acre teve uma redução de 84% nos alertas – no período analisado em 2012, foram
28, e este ano, apenas quatro.
“Mato Grosso e Pará sempre
foram os campeões do desmatamento. Esses alertas podem estar sendo
impulsionados pelo boom das commodities, pelo aumento do preço da terra e pode
ter havido uma pressão maior no mês de julho. Mas a administração ambiental
reagiu, mudou as estratégias e trouxemos de novo sob o controle qualquer ameaça
[de degradação da floresta]”, disse Evaristo.
Com o acréscimo de alertas
para fiscalização, o Ibama adotou novas estratégias e apreendeu no mês de
fevereiro R$ 15 milhões em toras de madeira. As ações da Operação Onda Verde
superaram, em apenas um mês de fiscalização no oeste paraense, o volume de
madeira em tora ilegal apreendido em 2012 em todo o estado. A operação tem
ações em áreas críticas, que respondem a 54% de todo o desmatamento da Amazônia
Legal, em Mato Grosso, Amazonas e em Rondônia e já retirou de circulação mais
de 65 mil metros cúbicos de toras ilegais.
“Para onde o desmatamento
caminhar, através dos alertas que o Inpe nos passar pelo Deter, nos
encaminharemos para as nossas bases para conter o desmatamento. E o grande
alento deste ano, entramos a partir de janeiro e em fevereiro fizemos grandes
apreensões de madeira. Só no Pará, quase 22 mil m³ de tora foram apreendidos no
mês de fevereiro, pegamos todos os desmatadores que fazem o corte seletivo na
floresta de surpresa, na chuva, mais de 100 tratores foram apreendidos”,
destacou o diretor. De acordo com Evaristo, as ações não tem data para
terminar.
Texto: Agência Brasil