Falando para uma plateia
de trabalhadores rurais, a presidenta Dilma Rousseff se comprometeu hoje (5) em
acelerar a reforma agrária no país e disse que agora o governo tem condições de
assentar as famílias em "terras de qualidade".
Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) são de 2011 e mostram que 22 mil famílias foram assentadas no
primeiro ano do governo Dilma. Os números são menores que os registrados no
primeiro ano de mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e são
criticados por movimentos ligados à terra.
"Nunca prometo o que não faço. Vou prometer aqui que temos condição
de fazer uma aceleração do processo de terras", disse durante o 11º
Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, organizado pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Segundo Dilma, o governo quer garantir que todas as famílias que venham
a ser assentadas tenham acesso a benefício e programas sociais do governo.
"Muitas vezes dizem: "a pessoa que ganhou a terra, ela que se
vire". Não é assim. Não há reforma agrária correta assim. Queremos que os
assentados tenham condições de viver naquela terra".
A presidenta disse que o processo de reforma agrária será acelerado, mas
com qualidade, com garantia de políticas de crédito e assistência técnica aos
assentados. "A terra tem que ser produtiva, não pode pôr em qualquer
terra, o governo não vai fazer isso. Vou acelerar a reforma agrária, mas vou
acelerar com terra de qualidade".
Dilma citou programas do governo de apoio a agricultores familiares e
disse que os assentados da reforma agrária terão direito às mesmas condições.
"Queremos ampliar o crédito, ampliar a assistência técnica e por
isso vamos fazer uma agência só para isso.Queremos um grau de agricultura
familiar que seja de alta qualidade. Temos certeza que podemos. Em muitos
lugares em que houve apoio efetivo, a coisa se desenvolveu".
Durante o discurso, a presidenta voltou a defender os programas sociais
do governo e disse que as estratégias de distribuição de renda, como o Bolsa
Família, não são esmolas. "Isso não é igual a bolsa esmola, isso é um
direito do povo brasileiro".
Fonte: Agência Brasil