segunda-feira, 11 de março de 2013

Incra promete exonerar Superintendente que assentou preso suspeito de assassinato de extrativistas

A promessa de exoneração do Superintendente Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Marabá, Edson Luiz Bonetti, é até agora a resposta mais imediata ao assentamento de Antônia Nery de Souza e seu marido, José Rodrigues Moreira, no Projeto de Assentamento Agroextrativista Praia Alta-Piranheira. José Rodrigues Moreira está preso acuado de ser o mandante do assassinato do casal extrativista José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo em maio de 2011.


A promessa de demissão veio do Presidente do Incra, Carlos Guedes de Guedes: "Por menos do que isso, três superintendentes foram exonerados há menos de um mês", teria declarado Guedes ao jornal O Liberal. Veja AQUI.

Edson Luiz Bonetti é Engenheiro Agrônomo formado pela UFPA e não era servidor efetivo do Incra. É Superintendente Regional desde setembro de 2011, havendo anteriormente ocupado também o cargo de Ouvidor Agrário Regional na mesma Superintendência.

Na época em que assumiu a Superintendência, Bonetti foi denunciado pela Associação dos Servidores da Reforma Agrária (Assera) por ter sido assentado pelo Incra e vendido o lote no Projeto de Assentamento Cabanos, em Eldorado dos Carajás, tendo sido excluído do Programa Nacional de Reforma Agrária.

Na ocasião, o superintendente informou que em setembro de 2004, depois de ter sido aprovado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) para uma vaga no Curso de Agronomia, passou a frequentar a universidade em Marabá. "Por conta disso, tornou-se impossível executar as atividades agropecuárias no lote a mim destinado, fato que ocasionou a minha desistência do lote, que foi devidamente entregue à diretoria da associação, sem qualquer remuneração, para que eles o repassassem a outra família sem terra", disse Bonetti, que frisou estarem os documentos comprobatórios da desistência nos arquivos da Associação que representa o assentamento.
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