segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Baixou o Médici na Empresa de Pesquisa Energética


A EPE (Empresa de Pesquisa Energética), na figura de seu Superintendente de Transmissão, Paulo Esmeraldo, parece que incorporou o presidente Emílio Médici que para justificar a abertura da fronteira amazônica teria dito “terra sem povo para um povo sem terra”.

Num recente seminário em que teriam sidos divulgados “estudos” referentes aos sistemas de transmissão para as hidrelétricas que estão sendo construídas e projetadas na Amazônia, a região onde se planeja construir o Complexo Hidrelétrico do Tapajós é tida como uma região “sem presença humana”, embora lá seja necessário  “negociações com índios”.

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EPE deve concluir estudos da linha de Belo Monte em um mês

O superintendente de transmissão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE),  Paulo Esmeraldo, afirmou nesta segunda-feira (26/9), durante evento em São Paulo, que a conclusão e divulgação dos estudos referentes ao sistema de transmissão que irá conectar a usina de Belo Monte à rede deve acontecer no fim do mês de outubro.

Numa apresentação que destacou as novas tecnologias a serem implantadas nas redes, o executivo lembrou que a conexão da megausina deve ser feita com linhas de corrente alternada 500kV, na ligação Norte-Nordeste, e corrente contínua de 800kV, no trecho que chega ao Sudeste.

Depois da hidrelétrica do Xingu, será a vez de serem licitadas as linhas dos aproveitamentos de Teles Pires e Tapajós. “Teles Pires não tem grandes desvios, grandes impactos. É um cenário parecido com as linhas do rio Madeira [Jirau e Santo Antônio]”, avalia Esmeraldo, que mostrou durante sua palestra as formas estudadas para a transmissão na região: corrente alternada e linhas de transmissão convencionais ou um modelo que contempla correntes alternadas e contínuas.

No caso de Tapajós, as análises ainda são mais preliminares.  “Se depender de mim a gente
faz corrente contínua agora. Nem tem de estudar. Mas vamos demonstrar para o setor que é o formato imbatível neste caso”, disse o especialista. A grande diferença do complexo é o fato da região não ter presença humana, o que dá outro tom para a exploração da área.

Sobre as complicações ambientais na construção de linhas, Esmeraldo afirmou que
“negociações com índios são demoradas, exigentes e tudo mais que podem imaginar”. Por fim, lembrou ainda da possível conexão do Brasil com usinas que serão levantadas no Peru. A alternativa pode ser ligar cerca de 1000MW nas próprias linhas do Madeira, fazendo com que essa carga extra “pegue carona” no despacho das usinas do Norte nas épocas de seca – isso pelo fato do projeto peruano contemplar reservatório, o que garantiria o abastecimento.

Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Iremar Antonio Ferreira disse...

Parece brincadeira... mas é verdade... assim pensam os planejadores do setor elétrico brasileiro... tudo é mercadoria e quem tiver na frente é tratado como "um vazio", de corpo, de cultura, de economia... Acorda meu povo!