Escoltado pela tropa de choque! Foi assim que o presidente Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo) e também vereador pelo PPS, Claudio Fonseca, conseguiu sair da assembleia dos professores municipais de São Paulo que ocorreu nesta terça-feira (10).
“Vendido, ladrão, só
sai de camburão”, entoavam os manifestantes que atiram ovos e garrafas
d´água no caminhão de som do sindicato. Essa revolta generalizada foi causada
pela manobra e atitude antidemocrática do presidente do Sinpeem que pôs fim a
greve contra a vontade da categoria. A grande maioria dos profissionais
de Educação votou pela continuidade da paralisação, iniciada em 2 de abril. “O
presidente ignorou a vontade da assembleia. Estava nítido que queríamos a
continuidade da paralisação, nos sentimos desrespeitados e, por isso, nos
revoltamos. Ele foi um ditador”, desabafou a professora Maria Filomena de
Freitas Silva.
Segundo a professora, a
assembleia estava dividida, mas a maioria estava a favor da greve. “Ele deveria
ter feito uma nova votação, mas simplesmente ignorou a base e acabou com a
assembleia”, disse revoltada.
A proposta apresentada
pelo prefeito atendia algumas reivindicações, mas era insuficiente. Na
discussão, 10 professoras (es) defenderam a continuidade da greve e dois a suspensão.
A integrante do grupo de
oposição ao Simpeem, minoria da direção do Sindicato e integrante da
CSP-Conlutas, Lourdes Quadros Alves destacou que desta vez o presidente
não conseguiu enganar os profissionais de Educação, que há tempos sofrem
com as péssimas condições de trabalho e são enrolados pelo sindicato. “A
categoria está insatisfeita com a forma de como o sindicato tem conduzido as
greves, por isso, está revoltada”, destacou.
Era noite, quando a
policia, com muita truculência, dispersou os manifestantes e escoltou o
caminhão de som. Só assim, o presidente e os dirigentes do sindicato
conseguiram sair da praça.
Com informações da
CSP-Conlutas.