sábado, 21 de abril de 2012

Marinalva Oliveira: “A conciliação de classes é um atraso para luta docente”


Esteve em Santarém nesta sexta-feira, 20 de abril, a professora da Universidade Federal do Amapá, Marinalva Oliveira, que disputa pela Chapa 1 a direção do Sindicato Nacional dos Docentes das Intituições de Ensino Superior – ANDES. 

Pela manhã, Marinalva ministrou uma palestra na Universidade Federal Oeste do Pará (Ufopa), onde a princípio seria feito um debate com um representante desta universidade, que na última hora avisou que não compareceria.

Marinalva trouxe a caracterização do processo histórico de reconfiguração da universidade brasileira a partir das orientações do Banco Mundial e que se estenderam numa série de políticas educacionais nas últimas duas décadas.

Falando para  o movimento docente, a professora fez várias intervenções em que correlacionou as precárias condições de trabalho na Ufopa com as diretrizes emanadas pelos organismos internacionais e sua agenda de mercantilização e desmonte da educação pública.

A candidata ressaltou também como no interior das Universidades os intelectuais acabam não se considerando trabalhadores e não percebendo os mecanismos de cooperação com o Capital como as fundações privadas, a substituição de técnicos administrativos por estudantes sem qualquer direito trabalhista, formações curtas, professores com grandes turmas de estudantes e dissociação do ensino da pesquisa e da extensão foram destacados como exemplos e que foram sintetizados na frase  “a conciliação de classes é um atraso para luta docente e não existe conciliação de classes entre os trabalhadores e a burguesia”.

Na parte da tarde, Marinalva e o professor da Ufopa Enilson Souza, que também faz parte da Chapa 1, estiveram reunidos com o Movimento Estudantil, entre os quais,  membros da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL) e do DCE da Ufopa.

As eleições para a direção do Andes serão nos dias 08 e 09 de maio em todas as sessões sindicais.


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