A
defesa do meio ambiente pode ter levado ao assassinato do geógrafo Carlos
Henrique da Costa Guilherme, que atuava na Autarquia Municipal de Meio Ambiente
do Eusébio, região metropolitana de Fortaleza. Esta é a suspeita levantada por
amigos de Carlos e membros do grupo Crítica Radical, que dizem não compreender
o assassinato do geógrafo.
Para
eles, a morte do amigo pode ter sido encomendada por alguém ou um grupo
incomodado com a postura dele diante da fiscalização de obras e concessão de
licenças ambientais.
Carlos
recebeu um tiro na nuca após ser abordado por uma pessoa ao sair de uma igreja
no bairro José Walter, em Fortaleza. Um dos indícios apontados por quem
suspeita de crime encomendado é o fato de o assassino não ter levado nenhum
objeto de valor. Já a agenda pessoal de Carlos não foi localizada e pode ter
sido levada pelo assassino.
Alguns
dias depois do crime, a casa do pai de Carlos foi invadida. Os bandidos levaram
um botijão de gás butano, mas também vasculharam algumas gavetas que guardavam
documentos.
“Ele
era um cidadão incorruptível. Algumas pessoas que trabalharam com ele deram a
entender de que ele já estava preocupado, porque estava apertando demais os
parafusos”, disse a professora Rosa da Fonseca, do grupo Crítica Radical.
Amigos
e familiares do geógrafo se uniram em uma manifestação no local do crime, no último
sábado, para gritar por Justiça. Sob forte chuva e vento frio, o grupo
reivindicou que o assassinato de Carlos seja esclarecido.
As
informações são do jornal “O Povo”, de Fortaleza.