quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ceará: mistério cerca assassinato de geógrafo ambientalista


A defesa do meio ambiente pode ter levado ao assassinato do geógrafo Carlos Henrique da Costa Guilherme, que atuava na Autarquia Municipal de Meio Ambiente do Eusébio, região metropolitana de Fortaleza. Esta é a suspeita levantada por amigos de Carlos e membros do grupo Crítica Radical, que dizem não compreender o assassinato do geógrafo.

Para eles, a morte do amigo pode ter sido encomendada por alguém ou um grupo incomodado com a postura dele diante da fiscalização de obras e concessão de licenças ambientais.

Carlos recebeu um tiro na nuca após ser abordado por uma pessoa ao sair de uma igreja no bairro José Walter, em Fortaleza. Um dos indícios apontados por quem suspeita de crime encomendado é o fato de o assassino não ter levado nenhum objeto de valor. Já a agenda pessoal de Carlos não foi localizada e pode ter sido levada pelo assassino.

Alguns dias depois do crime, a casa do pai de Carlos foi invadida. Os bandidos levaram um botijão de gás butano, mas também vasculharam algumas gavetas que guardavam documentos.

“Ele era um cidadão incorruptível. Algumas pessoas que trabalharam com ele deram a entender de que ele já estava preocupado, porque estava apertando demais os parafusos”, disse a professora Rosa da Fonseca, do grupo Crítica Radical.

Amigos e familiares do geógrafo se uniram em uma manifestação no local do crime, no último sábado, para gritar por Justiça. Sob forte chuva e vento frio, o grupo reivindicou que o assassinato de Carlos seja esclarecido.

As informações são do jornal “O Povo”, de Fortaleza.

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